>
O Strada mantém o motor 1,6 16V mais esportivo da Fiat, o mesmo de toda a linha Palio, de apenas 67,4 mm de curso dos pistões. No Brava 2002 e no Doblò é usado o
Corsa Lunga, com curso de 78,4 mm, que não é exatamente um "curso longo" -- apenas mais longo que o do
outro motor, sem ser maior que o diâmetro dos cilindros, 80,5
mm. Denominações à parte, a receita do Corsa Lunga favorece a potência em baixa rotação:
embora o torque máximo seja o mesmo, 15,4 m.kgf a 4.500 rpm, há mais força em regimes inferiores, o que o tornaria
melhor opção também para o picape.
> A família Gol é a única no segmento com motor em posição longitudinal, que implica maiores perdas na transmissão e dificulta obter um perfil em cunha para o capô. Em contrapartida, semi-árvores de transmissão de mesmo comprimento são inerentes a essa posição.
Já o motor transversal muitas vezes as tem de comprimentos diferentes (é o caso do Strada), o que pode
afetar o |
comportamento
da direção em acelerações fortes.
>
Desde a primeira geração, de 1982, o Saveiro utiliza suspensão traseira como a do Gol: eixo de torção com molas helicoidais. É hoje o único do segmento com essa receita. Já os picapes da Fiat vêm
(desde o Fiorino de 1994) com eixo traseiro rígido e molas parabólicas de lâmina única, conceito mais distante de um automóvel e voltado à robustez para transporte de carga.
> Como todos os atuais picapes leves, estes têm distância entre eixos maior que a dos automóveis de que derivam. No Strada são
2,718 metros, ganho de 345 mm sobre o Palio; no Saveiro, 2,598
metros, mais 130 mm que no Gol. Além da vantagem óbvia de espaço para uma caçamba mais ampla, o rodar fica mais confortável -- basta comparar qualquer um deles ao Corsa Pickup,
cujo entreeixos mede apenas 2,48 metros, aumento de 40 mm em relação aos demais Corsas da linha antiga. |