O retorno da esportividade

O potente e bem-equipado Abarth chama para a briga o
GSi: são as novas propostas em hatches esportivos

Os bons tempos dos hatchbacks esportivos nacionais parecem estar voltando. À parte a Volkswagen com seu Golf GTI, as demais marcas haviam se rendido aos conhecidos obstáculos ao sucesso dessas versões -- seguro oneroso, manutenção mais cara pelas peças exclusivas, maior depreciação na revenda --, partindo para "esportivos cosméticos" como Kadett e Astra Sport e Escort RS. O Marea Turbo busca um público mais familiar e o Brava HGT, apesar do motor exclusivo no modelo, estava longe do desempenho ideal.

Agora as coisas começam a mudar. A GM trocou o Astra Sport pelo GSi, aplicando enfim o motor de 16 válvulas, e a Fiat trouxe a versão Abarth do Stilo, com o saudável cinco-cilindros de 2,45 litros do Marea. Nossa intenção era reuni-los ao Golf GTI e ao Audi A3 Turbo para este comparativo, mas o BCWS os tem solicitado aos fabricantes há cerca de um ano sem sucesso.

Um é lançamento, outro bem conhecido, mas com muitas novidades: diferentes
no preço, acabam concorrendo pela escassez de opções nesse segmento

Entre Stilo e Astra há diversas semelhanças, mas também diferenças em dois pontos-chave de nossos confrontos: potência e preço. O Fiat tem 31 cv a mais e custa a partir de R$ 54,4 mil, contra R$ 40,8 mil do GM. No entanto, como o Abarth vem bem mais equipado de série que o GSi, é possível aproximar bastante os valores: o Astra avaliado chegava a R$ 47,7 mil e, comparado a um Stilo sem opcionais, oferecia a mais somente as bolsas infláveis laterais dianteiras e o teto solar.

O Abarth avaliado trazia alguns itens adicionais, como o conjunto de oito bolsas infláveis e o sistema de áudio especial, mas o BCWS preocupou-se em ter o mínimo de opcionais para não afetar a comparação. As rodas, por exemplo, eram as básicas de 16 pol e não as opcionais de 17. Claro que, dotado de todos os opcionais, o Fiat iria bem mais longe: até R$ 79,3 mil!

A GM traz de volta uma sigla de grande prestígio entre os entusiastas, enquanto
a Fiat inaugura no Brasil o uso do nome de um preparador famoso em outros tempos