Best Cars Web Site
Comparativo

Pequenos de grandes qualidades

Eles têm motor 16V e interior agradável, mas o Clio
vem mais equipado pelo mesmo preço do Corsa Sedan

Chevrolet Corsa Sedan GLS 16V Renault Clio Sedan RT 16V
Texto: Fabrício Samahá - Fotos: divulgação

A história de nossa indústria está repleta de modelos pequenos de três volumes mal sucedidos -- do VW 1600 de quatro portas, o "Zé do Caixão", aos mais recentes Prêmio, Voyage e Polo Classic. Por outro lado, os argentinos os adoram: vendido como Duna, o Prêmio foi o carro mais vendido por lá. Só isso já justificaria a produção, no Brasil ou na própria Argentina, de carros como Corsa e Clio Sedan, Siena, Polo e Cordoba.

Com o novo Siena (
saiba mais) ainda indisponível e os outros dois prejudicados pelo desinteresse da Volkswagen pela Internet, o Best Cars Web Site optou por comparar os três-volumes da General Motors e da Renault, em versões de topo -- com motor de 1,6 litro e 16 válvulas, que não será oferecido no Fiat. Porte, potência e preço equivalentes formam o trinômio ideal para o confronto.

O projeto mais moderno do Clio transparece em seu estilo, mas a adaptação do volume traseiro não foi das mais felizes. Entre os equipamentos, as duas bolsas infláveis de série são destaque

Em termos de equipamentos de série, o Clio Sedan RT é superior: vem com toca-CD com comando junto ao volante, controles elétricos de vidros, travas e retrovisores e -- importante -- duas bolsas infláveis. O Corsa Sedan GLS é mais simples: tudo isso é cobrado à parte, faltando ainda o controle remoto de áudio. Mas oferece exclusivos freios antitravamento (ABS) e alarme, opcionais. A exemplo do Renault, traz rodas de alumínio, faróis de neblina, ar-condicionado, direção assistida e imobilizador de série.

Concepção e estilo

Projeto brasileiro a partir do hatchback europeu de segunda geração (1993), o Corsa Sedan foi lançado em 1995 e desde então só recebeu retoques, como pára-choques e faróis de superfície complexa. O Clio, apresentado este ano, é produzido desde 1999 na Turquia e deriva do hatch europeu de 1998. Portanto, bem mais recente que o GM, que já foi substituído no Primeiro Mundo (saiba mais).

Apenas retoques de estilo no Corsa, como pára-choques e faróis. Mas sua traseira revela grande harmonia com o restante do desenho
No entanto, modernidade e harmonia de estilo nem sempre andam juntos. O três-volumes da Renault é uma clara adição de porta-malas a um hatch de formas já polêmicas, enquanto o da GM demonstra um belo trabalho de desenho, que até poderia ser apresentado como o primeiro membro da família e não uma derivação. Os faróis do Clio são grandes demais para o gosto da maioria, o porta-malas é muito alto e as colunas traseiras deixam a desejar. Assim, apesar do envelhecimento, o Corsa ainda leva alguma vantagem neste aspecto.
Conforto e conveniência

As versões de topo apresentam acabamento agradável e boa oferta de equipamentos de conveniência. A aparência interna do Clio é contemporânea, em contraste com a mais defasada do Corsa. Este também peca pela posição de dirigir, com os pedais muito à direita e pouco espaço para a perna esquerda, problemas que o Clio não tem.

Interior defasado no Corsa e mais atual no Clio (direita), que tem comandos de
áudio junto ao volante, mas controles de vidros em posição muito incômoda

O espaço interno é próximo nos dois sedãs e os painéis oferecem conta-giros e mostrador elevado do sistema de áudio, com medidor de nível de óleo e melhor iluminação no Renault. Seu controle de som junto ao volante é muito conveniente, mas as teclas de vidros no console precisam ser revistas com urgência -- no GM vêm nas portas.

O Clio fica devendo espaço para objetos, pára-brisa com faixa degradê e ajuste de altura do banco, embora exista o do volante (não no Corsa). Onde o Renault se destaca é no imenso porta-malas, o maior do segmento: 510 litros, contra 390 do GM. Os estepes ficam sob o assoalho.
Continua

Avaliações - Página principal - e-mail

© Copyright 2000 - Best Cars Web Site - Todos os direitos reservados

O Best Cars Web Site estabeleceu comparativos compactos de forma a atender com maior agilidade o leitor, diante da disponibilidade limitada de alguns modelos para avaliação completa. Eles se baseiam em contatos rápidos com os veículos e por isso oferecem menor volume e profundidade de informações.