Os Golfs são os únicos do grupo a não oferecer toca-CD, um absurdo que persiste nestes e em outros modelos da marca. Astra e Xsara permitem comandar o sistema de áudio por botões no volante. Só o do GM não adota a configuração ideal de quatro raios, e apenas o do Citroën vem revestido em couro. Já este acabamento para os bancos é oferecido no Golf 2,0 e no Brava somente. Teto solar de comando elétrico pode equipar apenas Astra, Xsara e o 2,0 da VW.

O bom acabamento dos antigos Fords está de volta no Focus, de painel moderno e interior espaçoso. A versão 1,8 é a básica da linha e traz poucos equipamentos de série

Em termos de espaço há relativo equilíbrio entre eles, mas com algumas diferenças. O Focus e o Astra são mais amplos para as pernas de quem vai atrás, enquanto o perfil do teto do Xsara sacrifica as cabeças desses passageiros. O quinto ocupante tem espaço e acomodação modesto em todos. Quanto ao Astra, é lamentável a imposição de apenas três portas no hatch, já que o cinco-portas sempre existiu na Europa. Embora os assentos dianteiros movam-se para facilitar o acesso, o mecanismo de retorno não é intuitivo, levando a perder-se o ajuste em distância (saiba mais).

O maior porta-malas é o do Xsara (408 litros), seguido pelo Brava e Astra (370), Focus (350) e por fim Golf (330). Só o Citroën vem com rede para reter objetos e montagem externa do estepe, que em todos usa roda de aço e não de alumínio como as demais.

Acabamento do Golf 2,0 é muito bom, apesar do tecido escuro e quente. Oferece boa posição de dirigir e capricho nos detalhes, mas toca-fitas em pleno século XXI...

Mecânica, comportamento e segurança   O comparativo divide-se ao meio entre as escolas oito-válvulas (Astra e os dois Golfs) e 16-válvulas (os demais). O 1,6 da VW utiliza acionamento de válvulas por alavanca roletada (saiba mais sobre técnica) e isso compensa em parte a combinação de menor cilindrada com apenas oito válvulas, dando-lhe 101 cv. Os 1,6 16V da Fiat e da Citroën rendem 106 e 110 cv, na ordem, seguidos pelo 1,8 16V da Ford (115 cv) e os 2,0 da VW e GM, empatados com 116 cv.

Também em torque máximo os motores maiores levam vantagem: idênticos 17,3 m.kgf no Astra e no Golf. Na seqüência vêm Focus, com 16,1; Brava, com 15,4; Xsara, com 15,3; e o Golf 1,6, com 14,28 m.kgf. Deve-se considerar os regimes mais altos (veja ficha técnica) em que se obtém o maior torque nos três motores de 16 válvulas, razão para parte dos fabricantes insistir nos tradicionais de oito.

Interior do Golf 1,6 é similar ao da versão mais potente, só que o revestimento é inferior -- o mais simples entre os seis modelos -- e faltam alguns opcionais, como ar-condicionado automático

Potência e torque, porém, não dizem tudo. Em suavidade de funcionamento e facilidade de subir de giro, os motores da Ford e Citroën são brilhantes, tornando o dirigir um prazer. Os novos 1,6 da Fiat e da VW, com curso mais longo dos pistões, tornaram-se um pouco ásperos, embora tenham ganho força em baixa rotação. Já os 2,0 são menos aptos a "girar", afastando-se do dirigir mais esportivo que muitos apreciam. Continua