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Comparativo

Na medida para a família

Quatro sedãs médio-pequenos de 110 a 132 cv
e de R$ 30,9 mil a R$ 36,3 mil: como escolher o melhor

Chevrolet Astra Sedan GLS Fiat Marea SX 16V
Renault Mégane Sedan RT 16V Toyota Corolla XEi 16V
Texto: Fabrício Samahá - Fotos: divulgação

Espaço, potência e equipamentos na medida certa para o uso da família, na cidade e na estrada: essa é a proposta dos sedãs médio-pequenos em versão básica ou intermediária, como os quatro que opusemos neste comparativo. Astra GLS, Marea SX, Mégane RT e Corolla XEi têm motores de 1,6 a 2 litros, com potência entre 110 e 132 cv, e custam entre R$ 30,9 mil e R$ 36,3 mil -- sendo que o Toyota, mais caro, traz equipamentos que nos mais baratos são opcionais.

Linhas do Astra são das mais modernas e seu motor 2-litros oferece ótimo torque em baixos regimes. Estabilidade é outro ponto alto, mas com certa perda em conforto de rodagem

Todos têm de série direção assistida e travas elétricas. A versão GLS do Astra vem ainda com rodas de alumínio, alarme e controles elétricos de vidros. Entre os opcionais estão ar-condicionado, duas bolsas infláveis, freios antitravamento (ABS), toca-CD, computador de bordo e teto solar elétrico. O Marea SX tem volante regulável; os opcionais e itens de série do Astra -- exceto computador -- podem ser pedidos, além de bolsas infláveis laterais (exclusivas no grupo).

As bolsas infláveis frontais são item padrão no Mégane RT e no Corolla XEi, assim como controles elétricos de vidros (só dianteiros no Renault). Ar-condicionado, banco e volante com ajuste de altura são de série no Corolla e opcionais no Mégane, e toca-CD, opcional em ambos, com comandos junto ao volante no Renault. Não oferecem ABS e teto solar.

Concepção e estilo
Estilo do Marea mescla frente agressiva e traseira sem expressão, mas o desempenho do motor de 132 cv é o melhor do grupo e a oferta de opcionais chega a bolsas infláveis laterais
Em suas atuais gerações, estes médios foram lançados no mercado internacional em 1995 (Mégane e Corolla), 1996 (Marea) e 1998 (Astra), e só o Mégane foi reestilizado desde então. Isso diz muito sobre a atualidade de seu estilo.

O GM segue as formas retilíneas e robustas que voltaram à moda, enquanto o Fiat e o Renault são mais arredondados, mas ainda têm seu apelo -- o Marea sobretudo, pela frente agressiva e de forte personalidade. O grande perdedor é o Toyota, que aposta em linhas extremamente conservadoras e chega a se confundir com o modelo que chegou ao Brasil em 1992. Um ponto positivo dos quatro é o equilíbrio de estilo na versão três-volumes, nem sempre obtido quando se adaptam hatchbacks.
Conforto e conveniência
Único já reestilizado na atual geração, o Mégane ainda agrada em estilo e oferece espaço interno e baixo consumo; comando de câmbio precisa melhorar

Os interiores de revestimento mais agradável são do Astra e do Corolla, mas eles pecam por detalhes como os puxadores de porta do primeiro e o alojamento do sistema de áudio do segundo. Assim, os desenhos mais elaborados de painel e portas são do Mégane e do Marea, apesar do acabamento simples. Todos trazem o importante conta-giros.

A posição de dirigir do Astra é exemplar, para o que concorre o ajuste do volante também em distância (apenas em altura nos demais). No Corolla o pedal de freio muito próximo cansa a perna. O Marea tem mais espaço para objetos e controle automático do ar-condicionado, e todos dispõem de travamento das portas a distância (exceto Corolla) e
função um-toque para o vidro do motorista.

Formas conservadoras dentro e fora do Corolla desagradam aos mais jovens; seu espaço traseiro é o pior e o preço é o mais alto. Mas tem ótimo câmbio, mecânica eficiente e farto equipamento de série

No Astra a porta do motorista se destrava em separado (mais seguro) e os vidros se fecham ao trancá-las. Só ele possui faixa degradê no pára-brisa, mas falta o retrovisor esquerdo convexo, que equipa Marea e Mégane. Apenas no Corolla há porta-copos.

O Astra, com o maior entreeixos, é mais espaçoso para as pernas no banco traseiro, enquanto o Marea oferece maior largura. O Mégane também se sai bem, ao contrário do apertado Corolla, que em espaço para pernas parece um sedã pequeno, como o Corsa. O maior porta-malas é do Renault (510 l), seguido por GM (460 l), Fiat (430 l) e Toyota (406 l), este o único sem banco traseiro rebatível.
Continua

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