Em maio de 1998 eram lançados os motores de 2,2 litros em substituição aos 2,0, alteração baseada na que havia sido feita no Omega em 1994. O diâmetro dos cilindros mantinha-se em 86 mm, enquanto o curso dos pistões passava de 86 para 94,6 mm. O oito-válvulas exibia ganhos expressivos em potência, de 110 para 123 cv, e em torque, de 17,7 para 19,4 m.kgf. A GM anunciava aceleração de 0 a 100 em 1,1 s a menos (10,6 s) e velocidade máxima 8 km/h maior, agora 195 km/h.

Atendendo aos pedidos por mais torque, a GM passava o Vectra para 2,2 litros após apenas dois anos. No CD 16V o ganho era de apenas 2 cv, mas sensível em baixa rotação

No motor 16V do CD a ênfase era para o torque e sua distribuição, gerando ganho discreto em potência (de 136 para 138 cv), mas importante em torque, de 19,2 para 20,7 m.kgf. Agora havia 84% do torque máximo desde 1.500 até 5.400 rpm e, como comparação, o valor máximo do 2,0-litros aparecia já a 2.000 rpm -- o que permitiu a adoção de um câmbio de relações mais abertas, para agradável silêncio em viagens. A aceleração de 0 a 100 km/h baixava em 0,3 s, agora 10 s, mas a máxima caía de 210 para 205 km/h em razão da quinta marcha ter ficado longa demais.

Importante novidade no 16V eram as duas árvores de balanceamento no bloco, inovação num motor nacional (embora existissem no V6 importado do S10 e do Blazer). Era um recurso para atenuar a aspereza de funcionamento e as vibrações em alta rotação do motor 2,2, causadas pelo curso mais longo sem que as bielas tivessem aumentado na proporção ideal -- a relação r/l subira de 0,30 para 0,31. O motor oito-válvulas não recebia as árvores por questão de custos, embora fosse produzido com elas para exportação.

O motor de oito válvulas ganhava nada menos que 13 cv, mas a um custo: aspereza e vibrações em alta rotação, sem árvores de balanceamento para atenuá-las

Em paralelo aos novos motores, o Vectra passava a dispor de volante ajustável mesmo com bolsa inflável, retrovisor interno fotocrômico e ar-condicionado com controle automático de temperatura. Em maio do ano seguinte, para enquadrar a versão CD em faixa de menor incidência de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), a GM baixava sua potência em 10 cv (para 128 cv), ficando em apenas 5 cv a diferença entre os motores de oito e de 16 válvulas -- uma manobra que teria retorno já em janeiro de 2000, após mudança na legislação do tributo. Continua

Os especiais
O Vectra e o Calibra serviram de base para preparações e transformações na Europa. Na Inglaterra, a MSD instalava no Vectra o motor V6 de 3,0 litros do Omega europeu, preparado, molas mais baixas e firmes, amortecedores Koni ajustáveis, freios AP Racing com discos dianteiros de 330 mm, rodas ATS de 7,5 x 17 pol e pneus 215/45. Denominado ST 3000, recebia ainda o kit aerodinâmico da Irmscher e bancos dianteiros Recaro com ajuste elétrico.

Na Alemanha a Rieger Tuning, especialista em kits de carrocerias largas, criou o Calibra Catano, inspirado no Ferrari Testarossa, com suas características tomadas de ar em forma de estrias nas laterais -- só que não havia motor central para aproveitá-las... Recebia agressivo spoiler frontal, um grande aerofólio traseiro (verdadeira heresia para muitos de seus admiradores) e rodas bem mais largas. A empresa também desenvolveu acessórios aerodinâmicos para as duas primeiras gerações do Vectra.

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