A versão CD, mais luxuosa, trazia ajuste do apoio lombar dos bancos dianteiros e volante de três raios revestido em couro. O Vectra representava evolução também em segurança, tendo introduzido na produção nacional as barras de proteção lateral nas portas. Os freios a disco nas quatro rodas equipavam todas as versões. O controle elétrico dos vidros incluía função um-toque e sensor antiesmagamento nas quatro portas, os retrovisores traziam desembaçador e, nas versões superiores, havia faróis de neblina de superfície complexa e ajuste elétrico do facho dos principais.

Recursos inaugurados com o Omega estavam agora no segmento médio, do porta-luvas refrigerado à moderna transmissão automática, de quatro marchas e três programas de funcionamento
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Os Vectras GLS e CD vinham com o conhecido motor 2,0-litros de oito válvulas e 116 cv, em configuração igual à do Omega GLS, só que em posição transversal. A injeção multiponto Bosch Motronic, integrada à ignição e dotada de sensor de oxigênio, era mais moderna que a Rochester TBI (monoponto) e a Bosch LE-Jetronic (multiponto) usadas no Monza e no Kadett GSi, na ordem. Com o auxílio da ótima aerodinâmica, essas versões do Vectra alcançavam 197 km/h de velocidade máxima, com aceleração de 0 a 100 km/h em 10,8 s.

Para o CD havia opção de transmissão automática Aisin-Warner de quatro marchas, com controle eletrônico e seleção entre três programas de funcionamento (normal, esportivo e de inverno), como na Hydramatic do Omega. Sua quarta marcha direta (relação 1:1) representava redução de ruído em viagem, já que o trem de engrenagens epicicloidais ficava sem ação nessa marcha. Havia ainda bloqueio do conversor de torque em terceira e quarta.

Clique para ampliar a imagem O GSi 16V foi um marco na história da GM, com seu desempenho pujante. O motor de 150 cv, bastante diferente do oito-válvulas, permitia acelerar de 0 a 100 km/h em apenas 8,5 s

O esportivo GSi 16V   A estrela da linha, porém, chamava-se Vectra GSi 16V. Praticamente igual a seu equivalente europeu, trazia sob o capô um 2,0-litros com pistões forjados, duplo comando com árvores ocas (menores peso e inércia), quatro válvulas por cilindro (as de escapamento refrigeradas a sódio), cárter de alumínio, corpo de injeção com duas borboletas (baixa e alta), resfriador de óleo e coletor de escapamento 4-em-2 de aço inoxidável. A sofisticada injeção Bosch Motronic seqüencial (a primeira em um nacional), com medição da massa de ar admitida em vez de seu volume e sensor de detonação, permitia taxa de compressão elevada, 10,5:1. Continua

Nas pistas nacionais
Na América do Sul, o Superturismo Sudam colocou Vectras alemães de ambas as gerações para competir com sedãs europeus da classe 2,0-litros, como Peugeot 406, BMW 320i e Alfa Romeo 156, entre 1997 e 1999. Pilotos como o brasileiro Beto Giorgi (foto abaixo) e os argentinos Sergio Rivera, Luis Moriceau e Federico Sanz corriam com o modelo da Opel, cujo motor de 16 válvulas desenvolvia 295 cv. Tinha câmbio seqüencial de seis marchas, pneus 235/645 VR 18, freios a disco ventilado AP Racing e peso de 975 kg.



O verdadeiro Vectra nacional nunca competiu em campeonatos brasileiros. Mas o patrocínio da General Motors à categoria Stock Cars, iniciada com o Opala e que teve prosseguimento com o Omega (saiba mais), levou a uma curiosa solução quando este foi descontinuado.

A partir da temporada de 2000, assumiram o lugar dos Omegas protótipos com aparência similar à do Vectra, mas sem qualquer semelhança mecânica com o carro de rua.
Os carros usam chassi tubular especialmente construído, carroceria de plástico reforçado com fibra-de-vidro, tração traseira e motor longitudinal.


Este era o mesmo e antiquado seis-em-linha de 4,1 litros já empregado no Opala e no Omega da categoria, ainda alimentado por carburador, movido a álcool e com potência na faixa de 330 a 340 cv. Um ano depois era adotado o V8 de 5,7 litros e 350 cv (enfim com injeção!) importado da GM americana, similar ao do Corvette.



Portanto, se o carro de competição já tinha muito pouco de Vectra, com a mudança nem mesmo um motor da GM brasileira era mais utilizado. Chico Serra (foto no alto), que já fora campeão em 1999 (último ano da exclusividade do Omega, carro que permanece correndo na categoria Stock Light), venceu também as temporadas de 2000 e 2001.

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