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Carros do Passado

O modelo se tornou um sucesso, o que o tornou bastante cotado no mercado. De julho de 1984 até o fim de 1991 foram produzidos 5.648 Testarossas, uma produção elevada para um veículo construído de forma artesanal, que levava quase 40 dias para ficar pronto. Isto fazia com que o cliente levasse de dois a três anos para receber o carro! Essa demora inflacionou o preço sugerido de fábrica: era de cerca de US$ 150 mil, mas podia chegar a até US$ 1 milhão no mercado.

O interior do Testarossa: revestimento em couro, painel bem-equipado e a tradicional alavanca de câmbio Ferrari, como uma chapa-guia cromada na base para orientar os engates

512 TR, a evolução da espécie   Em 1987, dois anos após o início das vendas, a Ferrari iniciou os estudos para desenvolver o sucessor do Testarossa, que seria lançado em 1992 com o nome de Ferrari 512 TR -- sigla para Testarossa, naturalmente. Como já ocorrera no passado com o 512 BB, o primeiro algarismo indicava a cilindrada, em litros, e os outros o número de cilindros.

Logo em 1988 o estúdio Pininfarina iniciava os testes do protótipo F110 EB no túnel de vento. Entre 1990 e 1991 foram construídos 22 protótipos, sendo que 18 eram na versão "americanizada" e quatro na versão européia -- uma prova da importância dos EUA como mercado para a marca, que o havia desprezado ao tempo do Berlinetta Boxer. Essa prioridade tornou-se ainda mais evidente na escolha do local de seu lançamento oficial.

Na frente, a marca da distinção do 512 TR: os faróis auxiliares não mais estavam integrados à grade, o que rejuvenescia a aparência de um carro com oito anos

No dia 2 de janeiro de 1992 o Ferrari 512TR era apresentado no Salão de Los Angeles. Em relação ao Testarossa original, recebera uma plástica que o deixara com um desenho mais moderno e bonito. A nova frente, semelhante à do 348, separava os faróis da grade, que lhe proporcionava um visual mais sóbrio. Entre as três versões do Testarossa, essa era que a que tinha o estilo mais harmônico. Continua

Os projetos com base no Testarossa
Diversos estúdios de estilo usaram a plataforma e a mecânica do Testarossa como base para seus carros conceituais.

O próprio criador de seu desenho, o estúdio Pininfarina, criou para o Salão de Genebra de 1989 o Mythos (foto superior), um elegante roadster com carroceria de fibra de carbono. O spoiler dianteiro e o aerofólio podiam ter seu ângulo ajustado, o que ocorria automaticamente em alta velocidade, para gerar sustentação negativa.

Em 1992 foi a vez de Zagato elaborar o GTZ (no centro), um cupê de linhas não muito interessantes, em que a parte traseira pouco se alterava em relação ao Testarossa original.

Um ano depois, o californiano Barry Watkins apresentava o Bizzarrini BZ-2001 (foto inferior), proposta de um supercarro produzido nos Estados Unidos com mecânica Ferrari. O conversível, de linhas até atraentes, usava componentes locais na suspensão, rodas de 17 pol e motor preparado para 450 cv. A máxima declarada era de 300 km/h.

por Fabrício Samahá

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