Esta capota, de vedação precária, foi motivo de muitas críticas por parte dos proprietários. Quando chovia era difícil dizer se havia mais água fora ou dentro.... A estrutura também merecia críticas: balançava bastante, principalmente as portas. O modelo fechado já era barulhento, principalmente nas versões com motor mais bravo -- ouvia-se o trabalho de respiração dos carburadores como se ele estivesse no habitáculo. Era difícil conversar em certa velocidade. Mas estes problemas foram amenizados no decorrer dos anos. |
![]() Em 1975 era adotado o chassi da
Brasília, tornando o "Puminha" mais largo. As cores eram berrantes,
como verde-limão, amarelo, vermelho. E o aerofólio
preto na traseira não era nada discreto. Este adorno, um
tanto quanto desnecessário, não ficaria por muito tempo.
Pesava no conjunto harmonioso do spyder. |
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Com o GTB a Puma atingia um público mais exigente: com motor 4,1-litros do Opala, atingia 170 km/h, o que poucos carros faziam na época |
Debaixo do capô do GTB
definitivo estava o já consagrado e potente motor do
Opala Gran Luxo e SS. Era o seis-cilindros em linha de 4,1
litros e 140 cv (brutos) a 4.000 rpm. A carroceria também era de
plástico e fibra-de-vidro, com a frente bem longa e a
traseira curta. Grade do radiador com dois frisos
horizontais, grupo ótico também do Opala. As cores metálicas,
como prateado e dourado, eram as preferidas. Vidros
verdes, bancos e volante esportivos faziam parte dos
itens de série. Como o irmão menor, o "Pumão" era ideal para duas pessoas -- o espaço atrás podia ser utilizado apenas para pequenos percursos. O painel de instrumentos era bem completo e incluía conta-giros, voltímetro e termômetro do óleo. Vinha equipado com rodas exclusivas da Puma e pneus inéditos no mercado nacional, os Pirelli E70. |
Interior luxuoso e, mais tarde, o poderoso 250-S de 171 cv brutos marcavam o GTB, que em 1979 ganharia uma bem-sucedida reestilização | ![]() |
Era um carro esporte
bonito e imponente, que tinha fila de espera para compra.
Mas seu desempenho não era muito superior aos do Opala,
Dodge Dart e Charger da época -- e estes eram mais
baratos que ele. Aliás, o GTB só custava menos que o
Ford Landau, carro nacional mais caro da época. Um ano
depois chegaria o Maverick GT para entrar na briga. A velocidade máxima do GTB era de 170 km/h e fazia de 0 a 100 km/h em 12,5 segundos. As únicas mudanças sofridas até 1978 seriam na grade e no motor, que passaria ao 250-S, com tuchos mecânicos em vez de hidráulicos e potência de 171 cv brutos (saiba mais), suficientes para 190 km/h. Nem este modelo, nem seu sucessor foram exportados. Os microcarros A Puma tentou também, sem sucesso, partir para o mercado de carros pequenos -- aliás, microcarros. O projeto era interessante e moderno: o Mini Puma, exposto no salão de 1974. Com linhas retas, frente bastante inclinada, ótima área envidraçada, dois lugares e carroceria de plástico, lembraria uma minivan... se este conceito já houvesse sido inventado. |
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Com o motor mais bravo o "Pumão" chegava a 190 km/h. Apesar de caro -- só custava menos que o Landau --, havia fila de espera |
O Mini teria motor de Daf,
um pequeno carro holandês que foi o primeiro a
apresentar transmissão continuamente variável, a
Variomatic. O consumo, para os padrões da época, seria
ótimo. Infelizmente não foi produzido, pelo alto
investimento que necessitaria. Anos mais tarde, em 1982,
o projeto de um minicarro sairia da gaveta outra vez: o
modelo japonês Daihatsu Cuore seria fabricado sob licença.
Também não vingou por causa das dívidas da empresa,
"devido à má gestão de alguns sócios", diz
Jorge Lettry. Mas a produção de carros esporte ia bem, e em 1974 a Puma passava a fazer parte da Anfavea, entidade que reúne as grandes e poderosas fábricas multinacionais do país. No ano seguinte os carros-chefes GTE e GTS passavam a utilizar o chassi da Brasília. Com isso a carroceria ficava mais alta e larga, e o comportamento em curvas estava ainda melhor. Externamente a lateral era mais moderna, pois as entradas de ar na segunda coluna passavam para o capô traseiro e cediam lugar a vidros. O carro ganhava em visibilidade. |
Duas tentativas de produzir um minicarro: o Mini Puma, em 1974 (foto), com desenho monovolume e motor holandês Daf, e uma versão brasileira do Daihatsu Cuore, em 1982. Nenhum chegou à produção em série | ![]() |
Para torná-lo mais exclusivo, o leque de opcionais para o conjunto mecânico era muito variado: motores de diversas cilindradas, coletores e comandos de válvulas especiais, caixas de câmbio com várias combinações de relações, destacando as P1 e P2, muitas opções de carburadores, com distintas regulagens, e filtros de ar especiais. Continua |
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