Em 1979 a fábrica lançava o GTB reestilizado, chamando-o de Série 2 ou S2. Era mais harmonioso, moderno e bonito que o modelo de 1972: quatro faróis redondos, grade preta com frisos horizontais, frente mais baixa e pára-brisa e traseira mais inclinados. Detalhe interessante eram os limpadores de pára-brisa, escondidos sob uma cobertura acima do capô. Utilizava o mesmo seis-cilindros "vermelho", 250-S. |
![]() |
Com grade preta, quatro faróis e vidros mais inclinados, o GTB chegava em 1979 à Série 2 e conquistava uma legião de fãs |
A carroceria do GTE
recebia alterações no ano seguinte, tornando-se mais
moderna. Na parte mecânica a suspensão dianteira
recebia o eixo VW de articulações esféricas, mais
moderno, que permitia ajuste da cambagem e tinha o
amortecedor em posição mais atuante no braço arrastado
inferior. A traseira trazia os semi-eixos mais compridos,
aumentando a bitola. Em 1982 viriam ligeiras modificações na carroceria: maçanetas embutidas do Alfa Romeo 2.300, novos pára-choques -- com polainas de gosto duvidoso -- e lanternas da Brasília. Cupê e conversível passavam a ser chamados GTC e GTI. Os problemas O declínio da Puma começou quando um lote carros exportados para os EUA foi recusado e voltou para o Brasil: estavam fora das rígidas especificações exigidas pelo país, principalmente no que se refere à segurança. Isso maculou o nome da marca. |
Em 1985, depois de problemas financeiros e até inundações, a produção estava em apenas 100 carros por ano. E a Puma pedia concordata | ![]() |
No Brasil, no começo da
década de 80, houve problemas com impostos, obrigações
trabalhistas e dívidas com vários fornecedores. Para
piorar, a fábrica passou por incêndios e inundações.
Nesta época produziam 400 veículos por mês. Em 1985,
depois de uma carreira de sucesso, a Puma pedia
concordata devido aos vários problemas enfrentados. A
produção havia caído para 100 carros -- por ano. Uma empresa do Paraná, a Araucária Veículos -- acredita-se que o boxeador Muhamed Ali fosse um dos sócios --, interessou-se pelo negócio e retomou a produção. Não foi muito feliz e logo os carros-esporte mudaram de casa outra vez, também no Paraná, passando à Alfa Metais Veículos. O GTB, ainda com motor Opala, passava em 1988 a se chamar AMV, as iniciais da empresa. Sofrera modificações na carroceria e o conjunto estava mais pesado, sem harmonia, pela adoção de elementos de estética discutível. |
![]() |
Na década de 80, duas empresas tentaram reerguer a marca. A Alfa Metais lançou o AMV, uma reedição do GTB com estilo pesado e sem harmonia |
Os pequenos, rebatizados
AM3 e AM4, passavam a adotar o motor VW AP de 1,8 litro,
refrigerado a água, mais moderno e eficiente -- mas
maior e bem mais pesado que o anterior. O radiador era
montado na traseira, atrás do motor, e o peso adicional
nesta parte acentuava ainda mais a tendência sobresterçante
do Puma "a água". Mas a empresa produziu
apenas mais 40 exemplares. Em 1990, com a chegada dos importados no território nacional, a empresa fechava as portas definitivamente para a produção de automóveis. A morte de seu principal sócio, Nívio de Paula, num acidente automobilístico pouco depois, contribuiu para esse desenlace. Hoje a Alfa Metais produz o caminhão pequeno Puma 4T, projetado quando a fábrica ainda estava em São Paulo. |
O "Puminha" ganhava as siglas AM3 e A4 e motor VW 1,8 refrigerado a água, pesado demais para a traseira. Ambos sucumbiram, restando apenas o caminhão leve 4T (ao fundo) | ![]() |
Fechava também a história de um mito esportivo nacional que sempre deixará saudades nos corações de milhões de pessoas de três gerações. O Best Cars Web Site dá aqui sua contribuição para que se preserve a memória de nosso melhor carro-esporte, o Puma. |
|
Página principal - Escreva-nos © Copyright 2000 - Best Cars Web Site - Todos os direitos reservados |