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Carros do Passado

Os números de aceleração eram brilhantes: de 0 a 96 km/h em 4,6 segundos e quarto-de-milha em 13,4 s, mais rápido que um Corvette ZR-1 ou um Ferrari 348ts -- e que qualquer picape até então disponível de fábrica. Em abril de 1991 era anunciado o utilitário esporte Typhoon, com o mesmo motor mas 90 kg mais pesado, que por isso conseguia números pouco piores no cronômetro: de 0 a 96 km/h em 6,5 segundos. Era mais sofisticado por dentro e possuía molas a ar na suspensão traseira, para um rodar mais suave.

Depois do ciclone, o tufão: derivado da versão GMC do antigo Blazer, o Typhoon tinha desempenho de supercarro e uma estabilidade até surpreendente pelas características de chassi e suspensão

O Syclone era oferecido apenas na cor preta, enquanto o Typhoon oferecia várias outras. Com acabamento monocromático, chamavam a atenção. A suspensão era rebaixada em 50 mm nos dois eixos e endurecida, a direção tornava-se mais rápida, os freios ganhavam sistema antitravamento (ABS) nas quatro rodas e os pneus eram Firestone Firehawk 245/50 em rodas de 8 x 16 pol. Para utilitários de chassi independente e eixo traseiro rígido, o comportamento dinâmico surpreendia.

Por dentro, ostentavam os instrumentos do Pontiac Sunbird GT, bancos mais envolventes e volante revestido em couro (também os bancos no Typhoon). Havia equipamentos como rádio/toca-CDs com equalizador gráfico, controle remoto de travamento das portas, alavanca de câmbio do Corvette e, no picape, uma cobertura rígida da caçamba, importante para evitar o efeito de "freio aerodinâmico" usual nesses veículos. Foram produzidos 2.998 Syclones, até julho de 1991, e 4.697 Typhoons, até 1993, o último destes guardado para um museu. 

No interior dos dois modelos, instrumentos do Pontiac Sunbird GT, volante de couro e alavanca de Corvette para o câmbio automático. O Syclone, na foto, tinha volante diferente e bancos em tecido

A Ford, enfim na briga   Talvez confortável em sua liderança -- a Série F é o picape pesado mais vendido nos EUA desde 1976 e o líder do mercado, incluindo automóveis, desde 1981 --, a Ford foi a última das "três grandes" a oferecer um picape esportivo. Somente no final de 1992 colocava no mercado o SVT F150 Lightning, desenvolvido pela Special Vehicle Team (equipe de veículos especiais) com base em um F150, o modelo de entrada da série, com menor capacidade de carga (cerca de 1.500 libras ou 680 kg).

O estilo da versão de cabine simples, o mesmo que o F-1000 brasileiro adotaria em 1995, ganhava esportividade com a suspensão 25 mm mais baixa à frente e 62 mm na traseira, rodas de 8 x 17 pol com pneus Firestone Firehawk GTA em medida 275/60, spoiler frontal e acabamento monocromático, nas cores preta, branca ou vermelha. O interior exibia bancos individuais com ajuste de apoio lombar, rádio/toca-CDs e controle automático de velocidade.

O F150 Lightning de primeira geração: linhas de nosso F-1000, rodas de 17 pol, suspensão rebaixada e um motor V8 de 5,75 litros e 240 cv

O motor do Lightning era o famoso Windsor (alusivo à cidade canadense onde era fabricado) V8 de 351 pol3 ou 5,75 litros. Com diversos componentes em comum com o do Mustang Cobra -- pistões, comando de válvulas, cabeçotes -- e um sistema duplo de escapamento com quatro catalisadores, desenvolvia 240 cv e torque de 47 m.kgf, valores que não surpreendiam para seu tempo, mas atendiam bem a uma clientela que não mais dispunha do Chevrolet 454 SS. Continua

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