O 3,0 não era tão
moderno como o 2,0, pois usava cabeçote de ferro fundido (e não de
alumínio) e fluxo normal, em vez de cruzado.
Mas neste país estabeleceu novos padrões. Com 165 cv de potência
(12 cv a menos do que na Europa, pois a gasolina daqui não me caía tão
bem quanto a de lá), revistas especializadas registraram 220 km/h de
velocidade máxima, 10 km/h a mais do que meus próprios pais
anunciavam.
As acelerações sempre foram fantásticas (de 0 a 100 km/h em 9,5 s),
embora alguns reclamassem que havia pouca potência em baixas rotações
-- o torque máximo de 23,4 m.kgf era atingido apenas a 4.200 rpm. Uma
das razões era o pequeno curso dos pistões, apenas 69,8 mm. Por
outro lado, isso resultava em baixa velocidade de pistão no regime de
potência máxima -- apenas 13,5 metros por segundo a 5.800 rpm -- e
me tornava apto a trafegar por horas à média de 200 km/h, como se
fazia e se faz em meu país de origem.
O volante de duas massas absorvia vibrações do virabrequim,
garantindo um funcionamento suave. E, como o 2,0, estava quatro anos
adiantado em termos de controle de emissões, pois já atendia à fase
3 do Proconve. Era mesmo um motor
fabuloso -- e até hoje vêem-se esses veículos impecavelmente
conservados na mão de seus exigentes proprietários, que não os
vendem por nada. Continua
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