Além do motor, o Targa recorria a suspensão (dianteira McPherson e traseira de eixo rígido) e direção (de pinhão e cremalheira, mais leve e precisa que a de setor e sem-fim) mais modernas e eficientes que as do antigo Miura. Com peso adequado à potência do motor, 890 kg, alcançava bom desempenho. Em agosto de 1983 saía a série Targa Ouro, em preto com logotipos dourados, dotada de tomada de ar no capô e revestimento em couro perfurado. |
O
chassi tubular permitiu o uso de motor dianteiro, do
Passat TS 1,6 e depois do Santana No fim do mesmo ano
chegava um conversível, o Spider, com a mesma mecânica
e linhas básicas do Targa. A capota de lona, de
recolhimento manual, alojava-se com discrição sob uma
cobertura, praticamente desaparecendo da aparência do veículo. |
O Saga foi o maior modelo da Besson, Gobbi e surpreendeu pelo requinte: tela de TV no painel, bar refrigerado no banco traseiro e sintetizador de voz para mensagens de aviso |
Em 1986 a Miura oferecia
em seus modelos o supra-sumo do requinte em carros
nacionais, levando o Saga a custar, com todos os
opcionais, mais caro que o Alfa Romeo 2300 ti4. Começava
pelo controle remoto de destravamento das portas, que
mais tarde eliminaria as maçanetas externas -- a porta
do passageiro era aberta por um comando no interior. No
centro do painel havia um pequeno televisor e, no banco
traseiro, bar refrigerado. Mais surpreendente era o sintetizador de voz, que pedia ao motorista para atar o cinto, soltar o freio de estacionamento, travar as portas ou abastecer o tanque conforme o caso -- requinte nunca mais visto em um carro brasileiro e raro mesmo em importados. O interior extravagante do Saga vinha revestido em couro creme, vermelho ou de outros tons, assim como o do Spider e do Targa. Trazia ainda teto solar, equalizador no sistema de áudio, painel completo (adaptado a partir do Del Rey, mas com decoração diversa e um tanto espalhafatosa) e, claro, o volante de ajuste elétrico. |
Em 1989 surgia o X8, com vidro traseiro envolvente, aerofólio, motor de 2,0 litros e luzes de neon na frente e na traseira, que agradaram a poucos |
Em relação ao Santana o
conjunto mecânico adicionava freios a disco traseiros,
mas o motor 1,8 era original, com comando de válvulas
"manso" e 92 cv (álcool). Um aumento de potência
e torque significativo viria no Salão do Automóvel de
1988, quando a Besson, Gobbi mais uma vez seguia o lançamento
de um novo propulsor Volkswagen para adotar o 2,0-litros
de 110 cv (também a álcool). A linha estava baseada no Saga, que recebia uma reestilização traseira, ganhando um vidro amplo e envolvente e um aerofólio no lugar do antigo porta-malas saliente. Agora denominado X8, vinha com teto em preto-fosco e um detalhe mais que exótico, bem ao estilo Miura: luzes de neon azul envolvendo os pára-choques. O acessório era vendido na época para montagem em veículos convencionais mas nunca conquistou os brasileiros, sendo considerado de mau gosto pela maioria. |
Extravagância era a marca dos Miuras, das luzes de neon ao acabamento em couro creme, vermelho ou de outros tons -- apesar do gosto discutível de alguns itens, marcaram época |
Um ano depois, na feira Brasil Transpo de 1989, o X8 sofria evolução e passava a se chamar Top Sport, ficando mais largo e arredondado. Havia saias laterais, aerofólio traseiro mais alto e um neon menos chamativo, apenas na frente. Por dentro, bancos de regulagem elétrica e retrovisor fotocrômico, outras inovações da empresa. Continua |
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