Lançada em 1981, vinha com motor 1,6 de 84 cv (ainda da família Kent) com carburador de corpo duplo, spoilers dianteiro e traseiro, faróis de longo alcance e chassi otimizado pelo departamento Special Vehicle Engineering (SVE) da marca, de Dunton, responsável por feras como o Capri 2,8 Injection. Chegava a 170 km/h e acelerava de 0 a 100 em 10,1 s. O acabamento interno e externo esportivo ajudou a tornar esse Fiesta memorável para seus fãs. Para ele foi criada a categoria de competição monomarca Fiesta Cup, no ano seguinte.

O XR2, ainda da primeira geração: acabamento externo e interno esportivo, motor 1,6 de 84 cv e chassi otimizado pelo departamento SVE

O Fiesta de primeira geração ainda era líder de vendas na Alemanha e na Inglaterra quando, em setembro de 1983, a Ford apresentou seu sucessor. Inspirado nos maiores Escort e Sierra, estava mais arredondado, tinha o capô em forma de cunha e faróis mais amplos. O Cx caía para 0,40, permitindo relações de marcha mais longas e menor consumo.

O pequeno Ford foi o primeiro do segmento com motor diesel, de 1,6 litro e 54 cv, que a 90 km/h fazia 26,3 km/l. Também inovou com a transmissão de variação contínua (CVT) na versão CTX. Apesar da facilidade de condução e dos bons índices de consumo, esse sistema não fez grande sucesso, o que se atribui à desagradável aceleração com o regime de giros e o ruído do motor estabilizados.

A segunda geração, de 1983, trazia linhas mais arredondadas e a pioneira opção de motor diesel. Anos depois chegava a transmissão de variação contínua CVT

Terceira etapa   Um novo Fiesta, a terceira geração, chegava em fevereiro de 1989. As versões de três e cinco portas estavam mais amplas e elegantes, com predomínio de linhas retas. Podia contar com sistema antitravamento de freios (ABS) mecânico, desembaçador elétrico do pára-brisa e cintos dianteiros com ajuste de altura. Para os motores 1,1 e 1,4 havia a transmissão CVT, e a versão diesel era agora de 1,8 litro.

O Fiesta XR2i, que chegava em outubro, trazia moderna injeção eletrônica EEC-IV. O motor CVH (de comando de válvulas no cabeçote, mais evoluído que o Kent do antigo XR2), de 110 cv, e o câmbio do Escort XR3i estavam agora num carro menor e mais leve, com resultados previsíveis. Além do estilo esportivo, com quatro faróis auxiliares (!) no pára-choque, ganhava bancos dianteiros Recaro e rodas de alumínio.

Na terceira geração os motores ficavam bem mais "quentes": o 1,6 do Escort no Fiesta XR2i, depois o RS Turbo e, por fim, o RS 1800i (ao lado) de 16 válvulas e 130 cv, potência não igualada pelos modelos posteriores

Nessa época os concorrentes incluíam o Fiat Uno, Peugeot 205, Nissan Micra, Opel Corsa (ainda na primeira geração) e VW Polo. No final do ano, já eram 5,25 milhões de Fiestas produzidos em três fábricas. A sigla RS, de Rally Sport, era aplicada pela primeira vez em 1990 no Fiesta RS Turbo, com motor 1,6 a injeção de 132 cv, turbocompressor Garrett, suspensão mais baixa e firme e pneus 185/55-14. Um hot-hatch em seu melhor estilo.

Dois anos depois o Turbo cedia lugar ao RS 1800i, com motor 1,8 de nova geração (família Zeta) e 16 válvulas, desenvolvendo 130 cv. O XR2i passava a usar uma versão de 105 cv do mesmo 1,8 -- menor potência que o antigo devido ao catalisador. Na linha para o seguinte chegavam imobilizador por chave codificada e teto solar de vidro refletivo, para menor absorção de calor. Um teto de lona, com comando elétrico, foi oferecido na versão Calypso.
Continua

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