A segurança entrava em foco em 1994, com a adoção de bolsa inflável de série para o motorista e opcional para o passageiro, cintos com pretensionadores e corte de alimentação em caso de colisões. No Salão de Frankfurt do ano seguinte uma nova reforma era efetuada, desta vez mantendo as dimensões básicas, incluindo a distância entre eixos.

Em 1995, a vez das linhas arredondadas. O Fiesta evoluía muito em conforto de rodagem com o emprego de subchassi e estabilizador; os motores Zetec SE de alumínio eram brilhantes

O novo Fiesta assumia de vez as formas ovaladas que se tornavam moda na Ford, com destaque para o conjunto formado pelos faróis e grade. Uma nova família de motores, a Zetec SE, possuía versões de 1,25 litro (75 cv) e 1,4 litro (90 cv), ambas com 16 válvulas e bloco de alumínio. O veterano "Kent" 1,3 de 60 cv era renomeado Endura-E, permanecendo o 1,8 diesel de mesma potência.

A suspensão dianteira recebia subchassi, responsável por um ganho notável em isolamento de ruídos e vibrações, e estabilizador, o que permitia o emprego de molas mais macias. Podia ser equipado com ar-condicionado e direção assistida em simultâneo, impossível antes. Além dos freios com ABS de quatro canais, havia distribuição eletrônica de pressão entre os eixos (EBD), controle de tração e, pouco depois, duas bolsas infláveis de série. A transmissão CVT ainda era disponível. O modelo antigo permanecia em linha por algum tempo, como Fiesta Classic.

A última remodelação sobre a antiga plataforma vinha em 1999, com os faróis triangulares. O Fiesta Sport, ao lado, trazia rodas e pára-choques esportivos

Em 1996, ao completar duas décadas, o Fiesta acumulava três anos de liderança do mercado europeu, quatro do espanhol, 12 do alemão e 19 do inglês, com um total de 8,5 milhões de unidades produzidas. No Salão de Paris desse ano era mostrado o pequeno Ka, derivado da mesma plataforma, só que encurtada no comprimento. Outro "filho" do Fiesta vinha no ano seguinte: o cupê esportivo Puma, ainda hoje atraente (saiba mais abaixo).

Mais uma remodelação frontal, desta vez sem correspondência na traseira e interior, vinha no Salão de Frankfurt de 1999. Os faróis triangulares de superfície complexa lembravam os do Focus e Puma, chegavam bolsas infláveis laterais e um motor Zetec SE 1,6 de 103 cv para o Fiesta Sport, versão dotada de pneus 195/50-15 e pára-choques esportivos. 

Depois de 24 anos, enfim um três-volumes na família -- mas apenas para alguns mercados. O Ikon surgiu na Índia e hoje é vendido no México, África do Sul e (como Fiesta Sedan) no Brasil

Em março de 2000, um três- volumes -- o Ikon -- era lançado em mercados como o indiano, o mexicano e o sul-africano. A traseira desenhada na Alemanha era bastante agradável e permitia um bom porta-malas de 400 litros. Usava os motores Zetec Rocam 1,6 a gasolina, desenvolvido no Brasil, e Endura 1,8 a diesel. Finalmente, no Salão de Frankfurt de setembro de 2001 era lançada a quarta geração do Fiesta europeu (saiba mais). Continua

O esportivo

A exemplo do que fizera a Opel com o Tigra, gerado a partir do Corsa, a Ford apresentou no Salão de Genebra de 1997 um cupê derivado do Fiesta, o Puma. Desenhado em tempo recorde e inspirado no conceito Lynx, seu estilo era muito interessante, combinando curvas e arestas como manda o conceito New Edge da marca. O interior era semelhante ao do hatch, apenas com detalhes de acabamento esportivos.

O grande destaque era o motor Zetec SE de 1,7 litro e 16 válvulas, dotado de comando de válvulas variável. Entregava 125 cv a 6.300 rpm (73,5 cv/litro) e 85% do torque máximo constantes entre 1.800 e 6.000 rpm. Em 2000 foi lançada a série ST 160, com rodas de 17 pol, pára-lamas alargados e o motor preparado pela Cosworth para 160 cv. Uma fera digna do nome.

Carros do Passado - Página principal - e-mail

© Copyright - Best Cars Web Site - Todos os direitos reservados