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Motos do Passado

A CB 400 também era remodelada, ao estilo da 450, sendo mantida por algum tempo -- apelidada de "Tucunaré", em alusão a um peixe da Amazônia. Mas em outubro de 1984 cedia lugar à 450 básica, na verdade a mesma moto com 52 cm3 a mais. Nessa época era anunciada uma potencial concorrente da CB, a Yamaha RD 350 LC (leia história), que só chegaria dois anos mais tarde. E circulava a informação de que a própria Honda fabricaria aqui a moderna CBX 750F, o que tiraria a 450 do trono em definitivo.

Clique para ampliar a imagem "Tucunaré": o peixe da Amazônia foi o apelido da nova CB 400, remodelada na linha 1984 ao estilo das versões 450. Uma oferta que duraria apenas um ano

Ambos os lançamentos se concretizavam em 1986, quando a CB era simplificada para se encaixar em um segmento distinto da CBX, evitando uma concorrência interna -- de qualquer modo improvável, já que a 750 chegava muito cara e com oferta limitadíssima. Já em março despedia-se a 450 Esporte, tendo sido oferecida em maio e junho a série limitada Nélson Piquet, com as cores preta, branca e amarela do Williams do tricampeão de Fórmula 1.

Em setembro, a Honda unificava as versões restantes na CB 450 TR -- na prática, a versão básica da 450 com o acréscimo do guidão alto da Custom e da alça para o passageiro da Esporte. Os freios, por exemplo, eram a disco simples na frente e a tambor na traseira, um retrocesso. A mudança tinha outro propósito: driblar o controle de preços do Plano Cruzado, aquele da inflação zero por decreto.

Série limitada: ao encerrar a produção da 450 Esporte, a Honda ofereceu por dois meses uma edição especial nas cores do Williams de Fórmula 1 de Nélson Piquet

Assim como diversos automóveis, a CB trocava de versões na linha 1987 para que a marca fosse autorizada pelo governo a fixar um novo preço -- mesmo que o produto correspondesse a um modelo básico da linha anterior. Com isso, a fábrica aproximava o valor de tabela daquele já praticado nas lojas, que vendiam com ágio. A imprensa e os consumidores protestaram, mas era a lei do mercado manifestando-se apesar dos desejos governamentais.

E chega a CBR   Em novembro de 1987 as reivindicações pelos três discos de freio que equipavam a Esporte eram atendidas, com a substituição da TR pela DX. As linhas eram as mesmas desde o lançamento da 450 e já apresentavam cansaço. O envelhecimento ficava evidente também ao pilotar a CB ao lado das novas RD e CBX, que traziam quadro e suspensões bem mais modernos. A Honda precisava tomar uma medida.

Guidão alto, rabeta de desenho exclusivo, muitos cromados: o estilo clássico e ao gosto americano da 450 Custom. Em 1987, esta e as demais versões eram unificadas em uma simples 450 TR

Reestilizar a CB? Adaptar-lhe suspensão traseira monomola, como já haviam feito preparadores? Nada disso era viável. A solução era manter apenas o que havia de melhor -- o motor, robusto e de bom desempenho -- e reprojetar todo o restante. Em setembro de 1989 nascia a CBR 450 SR, com um belo quadro de perfil retangular, rodas de 17 pol e pneus muito modernos, motor levemente preparado (com 46,3 cv a 8.500 rpm) e um estilo dos mais felizes, inspirado na linha CBR de 600 a 1.000 cm3 da Honda japonesa. Continua

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