Na Alemanha as opções de motores eram similares. A mais atraente era a RS 2600, que não foi vendida na Inglaterra. Introduzida pela Ford Motorsport em 1971, trazia motor de seis cilindros em V, do Ford Granada, com potência de 150 cv e injeção indireta, além de potentes freios a disco na dianteira. Esta versão, com 3.532 unidades produzidas, serviu de base para as competições -- e brilhou nas pistas.

Quatro faróis redondos, rodas esportivas e faixas pretas identificavam as versões mais bravas do Capri, que atingiu um milhão de unidades em 1973

Na carroceria as diferenças eram mínimas, sendo que as versões mais esportivas adotavam quatro faróis redondos e, na grade, faróis auxiliares de longo alcance. Faixas decorativas na cor preta não faltavam nas laterais e o capô preto-fosco sempre estava presente. Em 1972 o RS 2600 recebia diferencial autobloqueante. Fabricado até 1974, é hoje o mais cotado dos Capri produzidos, ficando seu valor em torno de US$ 18.000 no mercado europeu.

Um milhão de carros e a segunda geração   Até o final de 1973 foram produzidos 1.172.000 exemplares do Capri. A marca de um milhão foi atingida pela fábrica de Colônia, na Alemanha, em agosto do mesmo ano com um RS 2600. Em fevereiro de 1974 surgia a segunda geração, fruto do projeto Diana (curiosamente, o novo Escort da época era o projeto Brenda) e batizada de Capri II. A nova carroceria, mais moderna e atraente, também estava mais longa, larga e alta. Os estilistas foram bem sucedidos na empreitada.

Na segunda geração, linhas mais suaves, mas claramente identificadas com a primeira

Mais aerodinâmico, o capô mostrava discreta inclinação para a frente, assim como toda a carroceria ficou com linhas mais curvas e suaves. Lembrava muito o desenho anterior e era fácil identificá-lo. Na frente, faróis retangulares nas versões básicas ou quatro redondos nas mais caras; nos modelos esportivos, dois auxiliares abaixo do pára-choque. O ressalto central no capô continuava sua marca registrada, mas não havia mais as duas falsas entradas de ar.

Como boa novidade, o carro passava a ser um hatchback, com uma terceira porta traseira que facilitava a entrada de grandes objetos. O banco traseiro e também o do passageiro dianteiro podiam ser rebatidos. A motorização básica ainda era o 1,3-litro de 66 cv, mas o 1,6 de 91 cv era de concepção nova e comando de válvulas no cabeçote. O desempenho melhorava muito, com máxima de 173 km/h. O cliente podia optar por câmbio de quatro ou cinco marchas e ainda o automático.

Boa novidade era a traseira hatchback: três portas e mais praticidade ao levar grandes cargas; o banco dianteiro direito também podia ser rebatido

As versões 2,3 de quatro cilindros e 3,0 de seis cilindros em V vinham com o acabamento mais refinado que levava a assinatura da famosa marca italiana de carrocerias Ghia, cuja cooperação com a Ford existe até hoje. O Capri II trazia suspensão mais suave e bitola traseira 6 cm mais larga. Em 1975, no Salão de Genebra, na Suíça, era apresentada a série especial Midnight. O carro era todo preto, com filetes dourados, baseando-se na versão GT com motor 2,0-litros e muitos acessórios. Fez sucesso.

A terceira e última evolução, chamada pelos fãs de Capri série III (embora a Ford não se referisse assim ao projeto Carla), veio em março de 1978. Pouca coisa havia mudado na carroceria. Na frente era mais notável a grade mais baixa e o capô liso, sem o ressalto. Agora todos os modelos da linha tinham quatro faróis redondos. O coeficiente aerodinâmico evoluía de 0,428 do Capri II para 0,403 no novo carro.

A nova versão GT manteve o espírito esportivo do primeiro Capri, com opção de motores de 2,3 e 3,0 litros

O motor menor passava a ser o de 1,6 litro, com potência variando entre 68, 73 ou 91 cv -- mas em alguns mercados o 1,3 continuava disponível. Os mais potentes eram o 2,3-litros de 114 cv e o apreciado V6 de 2,8 litros, lançado em 1981, com injeção mecânica Bosch K-Jetronic e 160 cv de potência a 5.700 rpm. Chegava a 210 km/h. O mais veloz Capri, contudo, aparecia em setembro de 1981. Continua

Em escala

Vários fabricantes fizeram miniaturas de metal deste Ford. Podemos citar o modelo da Matchbox, de cor laranja com capô preto-fosco, que se abria mostrando um motor detalhado. Os pneus eram largos e o carrinho fazia parte da série Superfast. A Solido francesa caprichou na escala 1/43 com modelos de competição. Os pára-lamas eram mais largos para receber pneus avantajados. Caprichou também na decoração, com decalques que copiavam os originais de competição. O 2600 RS fez parte do catálogo em 1978 e 1979. A Majorette, também francesa, fez o Capri II com teto na cor preta, imitando o vinil, e portas que se abriam, muito bem acabado.

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