Treze anos depois de descartar um V8 no 745i pelo alto consumo, a BMW introduzia dois motores com essa configuração, também em 1992. O 730i tinha um de 3,0 litros, 218 cv e 30,2 m.kgf de torque, para máxima de 233 km/h; e o 740i, um de 4,0 litros, 286 cv e 40,8 m.kgf de torque, capaz de chegar a 240 km/h. Com quatro válvulas por cilindro e o código M60, substituíam os seis-cilindros M30, utilizados desde a linha E3 de 18 anos atrás. Ambas as versões adotavam a grade larga do 750i.

Os novos motores V8 de 3,0 e 4,0 litros, lançados ainda na geração E32, logo foram
utilizados na E38 (foto), que modernizava o estilo sem perder sua identidade

Os V8 representaram ganho notável em desempenho, sobretudo nos Estados Unidos, pois atendiam às normas de emissões sem perda de potência. Mas naquele mercado e na América Latina houve problemas de corrosão no revestimento das paredes dos cilindros (inclusive dos seis-em-linha da Série 3), devido ao elevado teor de enxofre na gasolina refinada a partir do petróleo da região.

A liga depositada de níquel e silício (Nikasil) não resistia ao ataque químico. Uma nova liga, de alumínio e silício (Alusil), resolveu o problema. Milhares de motores foram substituídos em garantia por uma versão que utilizava o novo material. Como paliativo, durante um bom tempo os motores de seis cilindros voltaram ao bloco de ferro fundido, inclusive para o mercado norte-americano, que se abastece em grande parte com petróleo venezuelano.

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Sempre inovando em segurança e prazer de dirigir, a nova Série 7 trazia suspensão
traseira multibraço, controle de estabilidade e um motor de 326 cv para o 750i (à direita)

A terceira geração   Três anos após a renovação do arqui-rival Mercedes-Benz Classe S, a geração E32 da BMW exibia certo envelhecimento. Chegava então em agosto de 1994 a E38, a terceira Série 7, representando mais uma evolução -- e não revolução -- no estilo e na mecânica. Os motores V8 e V12 já conhecidos moviam as versões 730i, 740i e 750i, todas com opção de entreeixos curto (2,93 metros) e longo (3,07 m). Continua

As primazias
Da linha de topo da BMW não se poderia esperar menos: são mais de 20 os recursos que a Série 7, em suas três primeiras gerações, introduziu pioneiramente na produção mundial.

1977 - velocímetro eletrônico
1978 - controle automático de temperatura do ar-condicionado; controlador de velocidade eletrônico
1980 - temporizador da luz interna; computador de bordo
1986 - controle do limpador de pára-brisa conforme a velocidade; ajuste automático dos cintos dianteiros; faróis superelipsoidais duplos
1987 - motor de 12 cilindros em um carro alemão do pós-guerra; controle de tração

1989 - retrovisores externos e interno fotocrômicos; recirculação automática de ar (fecha a admissão de ar externo em caso de elevada concentração de poluentes)
1991 - sistema auxiliar de estacionamento
1993 - faróis com lâmpadas de xenônio (à esquerda)
1994 - sistema de navegação (à direita)
1995 - controle de estabilidade
1998 - sistema de manutenção remota; sistema de navegação e telefone com controle de idioma; sistema de monitoramento da pressão dos pneus; alternador refrigerado a água; controle eletrônico da temperatura do líquido de arrefecimento; motor V8 a diesel com injeção de duto único (common rail)

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