Em seu último ano de produção, 1986, a geração E23 oferecia farto equipamento nas versões Highline e Exclusive: teto solar de comando elétrico, telefone, ajuste elétrico do banco do motorista com memórias, aquecimento dos bancos dianteiros e traseiro, retrovisores com comando elétrico e desembaçador, telas de proteção solar, ar-condicionado automático, computador de bordo, revestimento dos bancos em couro de búfalo ou em napa (couro sintético, sem cheiro) e bolsa inflável para o motorista.

O interior de um dos últimos 735i da primeira geração: revestimento em couro ou napa, ar-condicionado automático e até telefone

A geração E32   Nove anos depois, a primeira Série 7 dava lugar a uma nova geração, com carroceria mais moderna, maiores distância entre eixos e rigidez estrutural, mas conservando a mecânica básica, como a suspensão traseira de braços semi-arrastados e o motor de seis cilindros em linha. A grande novidade estava na opção de um V12 de 5,0 litros (código M70) na versão de topo 750i.

Primeiro 12-cilindros alemão do pós-guerra, era praticamente composto por dois motores seis-em-linha de 2,5 litros emendados embaixo, com os mesmos diâmetro e curso (84 x 75 mm) usados até hoje no 325i. Desenvolvia 300 cv e um torque máximo de 45,9 m.kgf a 4.100 rpm, suficientes para levar seus 1.830 kg aos 250 km/h e acelerar de 0 a 100 em 7,4 segundos.

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O 750iL e seu motor V12 de 5,0 litros são o símbolo máximo da segunda geração,
a E32: 300 cv, 45,9 m.kgf de torque, velocidade máxima limitada a 250 km/h

Externamente, a grade mais larga indicava, no retrovisor de quem ia à frente, que aquele não era um Série 7 comum... Após sua passagem, as duas saídas de escapamento retangulares não deixavam dúvidas, mesmo que o carro não tivesse o logotipo 750i -- a marca sempre ofereceu a opção de entregá-lo sem a identificação.

Este foi o primeiro BMW a limitar sua velocidade pela central eletrônica do motor, o que mais tarde seria definido em acordo entre alguns fabricantes (também a Mercedes-Benz e a Volkswagen/Audi) e o governo alemão. Na época, porém, a razão mais provável era não haver pneus que suportassem maior velocidade, em um carro tão pesado, sem recorrer a uma estrutura que comprometesse o rodar suave e silencioso exigido por seu público.

As versões de seis cilindros eram a 730i, de 3,0 litros e 188 cv, e a 735i, de 3,5 litros e 211 cv (apenas 182 cv no mercado americano, para atender a normas de emissões). A partir de 1987 o 735i e o 750i vinham também em versão de entreeixos longo, denominada 735iL e 750iL.

O V12 era como dois motores de seis cilindros unidos no virabrequim. Sua maciez de funcionamento e a abundância de torque fizeram deste um clássico germânico

Além de sistema antitravamento (ABS) de série, a geração E32 trazia outros recursos avançados de segurança: amortecedores com carga variável através de controle eletrônico, conforme as condições de rodagem; bolsas infláveis para motorista e passageiro; cintos traseiros com a ancoragem superior no lado interno, para melhor proteção em caso de colisão lateral (previne impacto entre as cabeças dos ocupantes e facilita a abertura do cinto em caso de socorro, por exemplo, pois a fivela fica no lado externo); direção com assistência hidráulica de comando eletrônico (Servotronic); e faróis com lâmpadas de xenônio, em 1992. Continua

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