A primeira Série 7, geração E23: motores seis-cilindros de 2,8 a 3,3 litros, freios antitravamento e a primeira injeção digital do mundo

As primeiras versões eram 728, 730 e 733i, todas baseadas no motor "Big Six" de seis cilindros em linha e 12 válvulas, com comando de válvulas no cabeçote. Como os números sugerem, tinham cilindrada de 2,8 litros (170 cv, torque de 23,7 m.kgf), 3,0 litros (184 cv e 26 m.kgf) e 3,3 litros (197 cv e 29 m.kgf), na ordem, sendo apenas o 733i dotado de injeção de combustível Bosch. De início, apenas câmbio manual de quatro marchas (o de cinco vinha em 1981) e automático de três eram disponíveis.

Sofisticada, a Série 7 esteve entre os primeiros carros do mundo a oferecer sistema antitravamento (ABS) de freios e introduziu na marca o indicador de proximidade de revisão no painel. Em 1979 as versões 728 e 730 eram substituídas pela 728i, de 2,8 litros e 184 cv, e pela 732i, de 3,2 litros e 197 cv. Ambas tinham injeção eletrônica Bosch Motronic, a primeira digital do mundo. O 732i cederia lugar quatro anos depois ao 735i, de exatos 3.453 cm3, potência de 218 cv e torque de 31,6 m.kgf.

A tradição BMW em motores aeronáuticos dava um ar ainda mais refinado à Série 7. Sua transmissão automática permitia mudanças manuais já em 1982

Em 1982 aparecia a transmissão automática de quatro marchas, com controle eletrônico e três modos de funcionamento: econômico, esportivo e o 3-2-1, que permitia operação manual e até a saída em terceira marcha, de modo a evitar perda de tração em piso escorregadio. Ganhava também um painel mais moderno e motores retrabalhados, com menores peso e consumo, para o que contribuía a melhor aerodinâmica (o Cx caía de 0,44 para 0,38) obtida com alterações externas.

O último turbo da BMW   A versão de topo 745i, introduzida em 1980, tinha uma curiosidade: em vez de um 4,5-litros, como seria coerente pelos dois últimos algarismos de sua nomenclatura, tinha um 3,2-litros com turbocompressor e resfriador de ar, de 252 cv e torque de 38,7 m.kgf a 2.600 rpm. A BMW justificava o número 745i como o equivalente em rendimento devido à superalimentação: um 3,2 que valia por um 4,5-litros, ou 40% a mais.

Um pioneiro em conforto e segurança: o interior de um 745i Highline, ao lado, com revestimento em couro branco e ajuste elétrico dos bancos, e o volante com bolsa inflável

Segundo a marca, o turbo fora escolhido pelo menor consumo de combustível que nos também estudados motores V8 de 3,8 litros e V12 de 4,5, ambos de aspiração natural -- mas certamente influíram as vantagens de menor custo e rapidez no desenvolvimento. O 745i alcançava 221 km/h de máxima e acelerava de 0 a 100 em 7,8 segundos, apesar dos 1.650 kg de peso. Os pneus opcionais tinham a curiosa medida 220/55 VR 390 (diâmetro do aro em milímetros, equivalente a 15,3 pol) e a suspensão traseira incluía sistema de nivelamento automático. Continua

Entenda a nomenclatura da marca
Até os aficionados pela BMW às vezes se perdem entre as denominações adotadas pela marca. Além daquela presente na sigla da versão (um 325i é um Série 3, um 750i é um Série 7, etc.), existe a nomenclatura utilizada internamente para identificar cada geração. Veja como ela funciona:
E21 Série 3 1975 a 1983   E32 Série 7 1986 a 1994
E30 Série 3 1982 a 1991   E38 Série 7 1994 a 2001
E36 Série 3 1991 a 2000   E65 Série 7 2001 até hoje
E46 Série 3 1998 até hoje   E66 Série 7 longo 2002 até hoje
E12 Série 5 1972 a 1981   E24 Série 6 1977 a 1989
E28 Série 5 1982 a 1988   E26 M1 1978 a 1981
E34 Série 5 1988 a 1996   E31 Série 8 1989 a 2001
E39 Série 5 1996 até hoje   E52 Z8 1999 até hoje
E23 Série 7 1977 a 1986   E53 X5 1999 até hoje

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