O 928 era maior e mais pesado, pensaram os dirigentes da Porsche, e talvez aí estivesse seu erro de posicionamento de mercado. Se o 924 fosse tão veloz quanto o 911 e mais barato, o público certamente compraria o novo carro. Nada mais lógico, mas
esse era o erro dos alemães: ninguém compra um carro-esporte por lógica racional. Emoção, algo que o 911 sempre produziu em doses maciças, ainda é o mais importante.
De qualquer forma, para que a viabilidade desta nova missão do 924 fosse testada, a Porsche
desenvolveu versões de competição que acabaram por gerar fantásticos carros de rua também. Foram desenvolvidos
como 937, mas lançados com um nome que ainda não havia perdido sua força: Carrera. Os 924 Carrera GT e GTS seriam as versões de homologação para as ruas, e o GTR, a de competição.
Já em 1980, na prova preferida da empresa -- a 24 Horas de Le Mans --, o novo carro estreou, chegando em
6°., 12°. e 13°. O que chegou em 6°. levava um motor diferente, experimental, onde vários conceitos foram testados (como o cabeçote de duplo comando e 16 válvulas), alguns deles adotados no futuro 944. A versão de rua entrou em produção no final de 1980. Como qualquer Porsche de série limitada, todos os 406 Carreras GT foram vendidos antes mesmo de ser produzidos.
Continua
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