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Na Ford, o caso Fusion está longe de ser o único com nomes repetidos. Ranger e Explorer, antes de denominar o picape e o utilitário esporte que conhecemos, eram versões de acabamento da Série F de picapes grandes. O nome Maverick, do sedã americano que também tivemos aqui, foi transposto para um utilitário da marca na Europa. Também lá existe a minivan Galaxy, nome igual ao de nosso Versailles quando vendido na Argentina —  e que lembra Galaxie, que dispensa apresentação.

Conhece o Ford Maverick? Hoje o nome é deste
utilitário esporte, vendido nos EUA como Escape

O primeiro Escort europeu é de 1968, mas 13 anos antes já existia uma perua homônima na linha Prefect da marca na Inglaterra. O picape brasileiro Courier, que na Europa era um furgão, repete o batismo de um utilitário leve da Mazda vendido nos EUA pela Ford nos anos 70. Zephyr, que surgiu na divisão americana Mercury nos anos 30, reapareceu na Ford inglesa nos 50. Futura foi um Lincoln desta mesma década e uma versão do Falcon australiano por muito tempo, mas ironicamente não pôde ser usado nos EUA pelo Fusion: hoje o nome pertence a um fabricante de pneus.

Capri, do cupê europeu feito entre 1969 e 1977, já era usado em 1961 num Ford inglês e se repetiria em outros mercados pela Mercury: de 1979 a 1986 foi uma versão do Mustang nos EUA, e de 1989 a 1994, um roadster feito na Austrália. E em 1998 aparecia o cupê Cougar (sob as marcas Mercury nos EUA e Ford na Europa), que em nada lembrava o modelo feito pela linha Mercury de 1967 a 1997. Outro nome desta divisão, Marauder, ressurgiu há poucos anos depois de três décadas de ausência.

Ranger e Explorer já eram usados pela Ford nos anos
70 em versões de acabamento do picape Série F

Tradição desonrada   Outra marca adepta da reciclagem é a Chrysler, muitas vezes para buscar associação com modelos que marcaram seu passado. Em 1978, quatro anos depois do fim do Challenger da Dodge, o nome retornou em uma versão do Mitsubishi Galant para americanos — e ainda denomina o Pajero Sport no mercado japonês.

Charger, por sua vez, serviu a modelos bem diferentes nos EUA e na Austrália. O nome está de volta faz pouco, mas esteve em um compacto de tração dianteira lançado em 1983 que não honrava a tradição do "musculoso" dos anos 60 e 70. O mesmo aconteceu com Daytona (versão do Charger original), que em 1982 aparecia em um cupê da linha Omni. Também na Dodge, Polara — do grande sedã lançado nos EUA em 1961 — repetiu-se no médio brasileiro.

Decepção: o carismático nome Charger aparecia
neste pequeno cupê de tração dianteira em 1982

Lancer, que há décadas denomina um médio da Mitsubishi, já estava em um Dodge de 1961 e seria reutilizado em 1985, justamente em uma versão para americanos do modelo japonês. Chrysler Town and Country foi usado três vezes: de 1941 a 1950, de 1965 a 1988 e de 1990 até hoje, em modelos de concepção bem diferente. E Voyager era uma grande van da divisão Plymouth antes de se tornar uma minivan da linha Caravan. Também nos EUA o nome Hornet, que surgiu em 1951 com a marca Hudson, foi reaproveitado nos anos 70 pela AMC, que a absorveu.

Na Volkswagen, Pointer é outro exemplo de se tentar resgatar o prestígio de outros tempos: usado com sucesso pela versão esportiva do Passat nacional entre 1984 e 1988, ressurgiu no hatch da linha Logus (1994) e no Gol exportado para México e Rússia. Já Quantum designava nos EUA o Santana sedã — lá a perua era Quantum Wagon.

Quantum aqui é a perua, mas nos EUA era o Santana

A Fiat não recorre a esse expediente com freqüência, mas Strada, bem antes de ser o picape Palio, foi o Ritmo italiano à venda nos EUA e também uma versão do 127, que deu origem ao 147 nacional. Panorama, de nossa perua 147, já era usado nas versões equivalentes do Autobianchi e do Fiat 128, nos anos 60, e hoje identifica versões de passageiros do Doblò e do Ducato em alguns países. E a minivan Multipla tem esse nome em alusão à pioneira 600 Multipla de 1956.

Em alguns casos, embora pareça que o nome ressurgiu do passado, o que acontece é ele ter ficado fora de um mercado por algum tempo. Quando o Passat alemão chegou ao Brasil, em 1994, os nomes do sedã e da perua Variant tinham um ar de nostalgia, mas a matriz na Europa nunca havia deixado de usá-los. Variant, aliás, tornou-se sinônimo de perua para a VW alemã, a ponto de ter existido essa variação também para Polo, Golf e Bora. Continua

Depois de uma versão do Passat e do hatch da linha
Logus, agora Pointer é o Gol no México e na Rússia

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