Mesmo com pneus mais
conservadores, comportamento dinâmico do Passat |
Exclusivos
do 156 são a bolsa inflável do passageiro desligável,
indicador individual de portas malfechadas (no Passat a
luz interna se mantém acesa nessas condições), sistema
de verificação (aponta lâmpadas queimadas e pastilhas
de freio gastas, entre outros), ancoragem inferior do
cinto no próprio banco, retrovisores externos azulados (para
minimizar o ofuscamento) e controle remoto de alarme e
trava das portas, que no VW -- é surpreendente -- só
equipa a versão V6. |
Volante de madeira, instrumentos
em módulos individuais com os ponteiros |
ESPORTIVO OU COMPORTADO A diferença de estilos
entre esses médios torna-se evidente na mecânica. O
Alfa recorre a um moderno 2-litros aspirado, com quatro válvulas
e duas velas por cilindro, variador de fase do comando de
válvulas, coletor de admissão (em material plástico)
de geometria variável e árvore de balanceamento para
eliminar vibrações. A marca alega fornecer 90% do
torque máximo a menos de 3.000 rpm, mas basta um rápido
contato para perceber a fraca resposta em baixos regimes
-- típica de motores de alta potência específica,
neste caso 76 cv/l --, acentuada pela primeira marcha
longa. O 156 "acorda" mesmo acima dos 3.500
giros, quando o ronco entusiasma e vai até os 7.000
giros da faixa vermelha. Os alfistas acostumam-se a esse
comportamento, mas o motorista médio pode ficar
decepcionado. |
O VW oferece mais espaço e
impressiona nos detalhes, mas fica devendo encosto de |
Em termos absolutos o
Passat é mais veloz (223 contra 215 km/h) e mais econômico,
conforme dados de fábrica, igualando-se ao 156 em
aceleração: 0 a 100 km/h em 8,7 segundos. Boas
transmissões equipam ambos, mas a do VW tem engates
superiores e disponibilidade de câmbio manual-automático
Tiptronic (saiba mais). Em contrapartida a embreagem do Alfa é
mais leve, havendo comando hidráulico nos dois modelos,
e a marcha a ré mais fácil de engatar -- direta como
uma sexta marcha. Só o Passat dispõe de diferencial
autobloqueante para reduzir a patinagem das rodas em piso
pouco aderente. Ainda bem, diriam os alfistas! Em relação a outros modelos de cada marca, ambos inovam na suspensão dianteira, com quatro braços (FourLink) no Passat e quadrilátero no 156. As traseiras são convencionais, McPherson no italiano e com eixo de torção no alemão. O resultado é interessante no Alfa, permitindo uma pilotagem alegre e segura, com tendência a desgarrar a traseira ao cortar a aceleração. O Passat é simplesmente fabuloso: muito equilibrado, contorna curvas com precisão espantosa e parece exigir pouco dos pneus, mais estreitos e de composto mais conservador que os do concorrente. |
O Passat contorna curvas com
grande neutralidade e segurança. Mais nervoso, o |
Bom isolamento de ruídos
e vibrações aplica-se aos dois modelos, mas o VW é
mais confortável para os passageiros e passa melhor por
lombadas, em função da altura livre do solo. Ótimos
freios em ambos, mas novo destaque do Turbo: o sistema de
distribuição de pressão entre os eixos permite até
frear em curvas sem maiores problemas. O Passat vem de série com alguns itens opcionais no 156, como bolsa inflável do passageiro, controles elétricos dos vidros traseiros e alarme, mas só o Alfa oferece a opção de bolsas infláveis laterais, bancos e volante revestidos em couro e teto solar elétrico (saiba mais). Se os preços são muito próximos -- US$ 39.296 o italiano e US$ 38.792 o alemão, ambas as marcas trabalhando com o dólar perto de R$ 1,40 em março --, o consumidor terá de apelar à simpatia por um estilo mais esportivo ou por uma personalidade mais sóbria, decidindo assim a escolha entre esses sedãs de alto desempenho. |
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