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No topo do segmento

Sem concorrentes de mecânica similar, Passat Variant V6 Tiptronic é opção única em sua faixa de preço

Texto e fotos: Fabrício Samahá


O topo de linha da Volkswagen encontra-se em situação curiosa no Brasil: na versão V6 com câmbio automático Tiptronic, a perua Passat Variant corre praticamente sozinha no mercado. Suas concorrentes diretas, como as peruas Ford Mondeo, Peugeot 406, Mazda 626 e Renault Laguna, não oferecem motores de seis cilindros -- exclusivos dos sedãs. A que mais se aproxima em desempenho é a Marea Weekend Turbo, de apenas 2 litros, porte e acabamento inferiores e sem opção de câmbio automático. Restam BMW 328i, Mercedes C 280 e as "primas" (com as quais partilha a plataforma e muitos componentes mecânicos) Audi A4 e A6 Avant, detentoras de grande prestígio, mas bem mais caras que a Passat.

Robustez mecânica e de estilo marcam a perua Passat, única da categoria com motor V6 -- um senhor 2,8-litros de 30 válvulas e 193 cv

Lançada na Europa em 1996, a quarta geração da perua -- a segunda correspondia à nossa Quantum -- chegou ao mercado nacional dois anos depois e revela harmonia no desenho. Apesar das formas retilíneas das janelas traseiras, o equilíbrio e a sensação de robustez do automóvel foram mantidos.

A versão V6 -- só assim denominada, pois a VW vem abandonando a designação de acabamento, como nas linhas Gol e Golf -- distingue-se externamente das inferiores apenas pelas faixas dos pára-choques, pintadas na cor da carroceria e não pretas, pela saída dupla de escapamento e o logotipo na traseira. Até as rodas de 15 pol e os pneus 195/65 são os mesmos, embora na Europa dêem lugar a unidades 205/60, mais esportivas. O comprador desta versão certamente gostaria de se diferenciar melhor dos que optam pelas peruas de 1,8 litro.