

A aerodinâmica sofreu com as
mudanças, o que deixou o Rallye menos rápido em aceleração e velocidade,
mas seu desempenho é aceitável

As alterações internas incluem o
nome da versão grafado nos encostos e no pomo de câmbio; o
ar-condicionado bem poderia ser item de série |
O interior recebeu várias novidades de acabamento, como forração do teto
em preto fosco, novos bancos com o logotipo Rallye (também presente no
pomo da alavanca de câmbio) e revestimento de tecido suave nas portas.
Um item que precisa ser revisto é o tamanho dos números do hodômetro
parcial, muito pequenos.
O Gol Rallye também inaugura o uso do câmbio automatizado na categoria
dos aventureiros da VW, pois o CrossFox havia ficado sem essa opção por
uma decisão inexplicável. Com acionamento manual tanto na alavanca
quanto nas "borboletas" no volante, opcionais, o sistema continua a dar
alguns trancos nas trocas de marcha. Não foram alteradas as relações da
versão convencional, nem mesmo o diferencial, o que deixa a transmissão
do Rallye pouco mais longa que a do Gol conhecido. Nesse quesito, um
pequeno encurtamento seria bem-vindo para que a versão aventureira
ganhasse um pouco em capacidade de rampa.
O prejuízo à aerodinâmica e o maior atrito dos pneus se fazem sentir com
clareza no desempenho informado pelo fabricante, pois a velocidade
máxima cai de 190/192 para 180/182 km/h, enquanto a aceleração de 0 a
100 piora um pouco, de 10,1/9,8 para 10,6/10,3 segundos, sempre com
caixa manual e na ordem gasolina/álcool (a VW não informa consumo). Em
termos gerais, no entanto, o motor de 1,6 litro com 101/104 cv e torque
bem distribuído continua a prestar um desempenho adequado à proposta.
A avaliação da imprensa, na região de Campinas, SP, foi realizada em um
percurso que intercalava estradas de asfalto bom, asfalto ruim e terra
bem seca. Como havia limites de velocidade, como se fosse um rali de
regularidade, não foi possível avaliar o comportamento em curvas
rápidas, mas nas poucas curvas em condições normais ele pareceu bem
estável, com escolha acertada dos pneus de uso misto. O rodar mostra
conforto aceitável e, com o maior vão livre do solo de 171 mm, o Gol
parece ainda mais apto do que antes a enfrentar os obstáculos da cidade.
Os freios dos carros sem ABS receberam uma válvula sensível à carga no
eixo traseiro, que reduz a tendência ao travamento com o veículo vazio. |
MOTOR
- transversal, 4 cilindros em linha; comando no cabeçote,
2 válvulas por cilindro. Diâmetro e curso: 76,5 x 86,9 mm.
Cilindrada: 1.598 cm3. Taxa de compressão: 12,1:1. Injeção
multiponto sequencial. Potência máxima: 101 cv (gas.) e 104 cv (álc.) a
5.250 rpm. Torque máximo:
15,4
m.kgf (gas.) e 15,6 m.kgf (álc.) a 2.500 rpm. |
CÂMBIO
- manual, 5 marchas; tração dianteira. |
FREIOS
- dianteiros a disco ventilado; traseiros a tambor; antitravamento
(ABS) opcional. |
DIREÇÃO
- de pinhão e cremalheira; assistência hidráulica. |
SUSPENSÃO
- dianteira, independente McPherson; traseira, eixo de torção. |
RODAS
- 6 x 15 pol; pneus, 205/55 R 15. |
DIMENSÕES
- comprimento, 3,933 m; largura, 1,656 m; altura, 1,494 m;
entre-eixos, 2,467 m; capacidade do tanque, 55 l; porta-malas, 285
l; peso, 1.003 kg. |
DESEMPENHO - velocidade
máxima, 180 km/h (gas.) e 182 km/h (álc.); aceleração
de 0 a 100 km/h, 10,6 s (gas.) e 10,3 s (álc.). |
Dados do fabricante para
câmbio manual; consumo
não disponível |
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