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A viagem de 4.000 km até a Serra do Rio do Rastro, em Santa Catarina, deixou a certeza que o Amarok é competitivo entre os picapes médios

 
Comentário técnico
O motor do Amarok é o mesmo usado pelo grupo Volkswagen em diversos automóveis e utilitários na Europa, do furgão Transporter ao Audi Q5, sendo lá oferecido em seis níveis de potência. A identificação TDI, ou Turbocharged Direct Injection, refere-se ao uso de turbocompressor e injeção direta de diesel. A versão que temos no picape usa dois turbos (com operação regulada pela central eletrônica) e um resfriador de ar, o que lhe permite obter potência específica cerca de 50% maior que a dos concorrentes locais — com um único turbo e cilindrada de 2,8 a 3,2 litros, contra apenas 2,0 litros do VW.

Mesmo no sistema de tração 4x4 temporário, usado na versão com câmbio manual, há dois sistemas de bloqueio do diferencial traseiro: um eletrônico, que corrige a diferença de rotação entre as rodas por meio dos freios, e outro mecânico, que trava o diferencial traseiro sob o comando de um botão no painel.

O controle eletrônico de estabilidade (ESP), opcional, opera nos modos normal e fora-de-estrada, em que o segundo permite maiores perdas de tração e desvios da trajetória antes de efetuar correções. Além de ter sido o primeiro picape no Brasil a oferecer tal item de segurança, o Amarok traz um dispositivo para equilibrar reboque de até 2.800 kg. Um sensor de velocidade angular detecta se o reboque começar a serpentear, quando transmite seus impulsos ao picape num padrão típico, com amplitude de cerca de 1 hertz.

O ESP então monitora os impulsos por cerca de dois segundos. Caso eles excedam um limite crítico predefinido, o sistema atua cortando a aceleração e iniciando uma frenagem. As forças transversais transmitidas ao veículo são compensadas pela central de comando, que envia alternadamente impulsos de frenagem de intensidade diferente às rodas dianteiras. Segundo a VW, com esse dispositivo evitam-se entre 75 a 80% dos acidentes provocados por oscilação do reboque.
 

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Ao lado da alavanca de câmbio, comandos para tração e redução (lado esquerdo), controle de tração, diferencial e ABS Off-Road (lado direito)

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Outro bom recurso tecnológico do Amarok é o sistema antitravamento (ABS) dos freios com modo Off-road, ou fora-de-estrada. Ao ser acionado por uma tecla no console, ele muda o funcionamento do sistema, tornando-o mais adequado à baixa aderência comum nesse tipo de piso. Evita-se, assim, que o ABS libere a pressão do freio tão logo haja o travamento de uma das rodas, medida que poderia deixar o picape sem frenagem em uma situação mais severa de aderência.

Ao contrário da versão com caixa automática, que adotou tração permanente nas quatro rodas, o Amarok de câmbio manual permanece com o sistema temporário. Em pisos de baixa aderência (não deve ser feito no asfalto, pois falta o diferencial central), o acionamento da tração suplementar dianteira é feito pelo toque de uma tecla, mesmo a certa velocidade, enquanto outro comando aciona a redução, apenas com o veículo parado. Há ainda um controle eletrônico de tração, que evita "escapadas" de traseira ao acelerar em curvas ou que as rodas traseiras percam tração em pisos escorregadios.

A prova de fogo para testarmos os dotes do Amarok foram os mirantes no entorno da Serra do Rio do Rastro, em Santa Catarina, e a estrada de terra que liga a pequena cidade paulista de Cunha à fluminense Paraty. Nesse trecho, mesmo diante de caminhos tortuosos de pedra e lama, o VW foi aprovado com louvor, sem deixar de mostrar um rodar confortável para o tipo de veículo.

Claro, não se pode falar de um picape sem mencionar a caçamba. O fabricante germânico demonstrou disposição em superar concorrentes, como o Toyota Hilux, e venceu o adversário nesse quesito ao conseguir a capacidade de 1.280 litros com área de 2,52 metros quadrados, sendo 1,55 m de comprimento, 1,62 m de largura (1,22 m entre as caixas de roda) e 51 cm de altura. Em relação ao modelo da Toyota, são 3 cm a mais no comprimento, 12 cm a mais de largura e 1 cm a mais na altura.

Para se ter o polivalente como o Amarok Highline é preciso, além de uma grande garagem, a quantia de R$ 128.490 (inclui opcionais). Preço alto, mas compensador para quem busca um picape moderno, confortável e muito valente.

Ficha técnica

MOTOR - longitudinal, 4 cilindros em linha; bloco de ferro fundido; cabeçote de alumínio; duplo comando no cabeçote, 4 válvulas por cilindro. Diâmetro e curso: 81 x 95,5 mm. Cilindrada: 1.968 cm3. Taxa de compressão: 16,5:1. Potência máxima: 180 cv a 4.000 rpm. Torque máximo: 40,8 m.kgf a 1.500 rpm. Injeção eletrônica de duto único; dois turbocompressores; resfriador de ar.

CÂMBIO - manual, 6 marchas; tração integral temporária. Relações: 1ª) 4,82; 2ª) 2,54; 3ª) 1,49; 4ª) 1,00; 5ª) 0,76; 6ª) 0,63; diferencial, 4,30 Velocidade por 1.000 rpm (em km/h): 1ª) 7; 2ª) 13; 3ª) 21; 4ª) 32; 5ª) 42; 6ª) 51.
FREIOS - dianteiros a disco ventilado, 303 mm ø; traseiros a tambor, 296 mm ø; antitravamento (ABS).
DIREÇÃO - de pinhão e cremalheira; assistência hidráulica; diâmetro de giro, ND.
SUSPENSÃO - dianteira, independente, braços sobrepostos, mola helicoidal, estabilizador; traseira, eixo rígido, feixe de molas semielípticas.
RODAS - 7,5 x 18 pol; pneus, 255/60 R 18.
DIMENSÕES - comprimento, 5,254 m; largura, 1,954 m; altura, 1,834 m; entre-eixos, 3,095 m; bitola dianteira, 1,647 m; bitola traseira, 1,644 m; coeficiente aerodinâmico (Cx), 0,42; capacidade do tanque, 80 l; caçamba, 1.280 l; capacidade de carga, 1.018 kg; peso, 2.082 kg.
GARANTIA - 3 anos sem limite de quilometragem; informações de fábrica, 0800 0195775.
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