


Na estrada, o Amarok revelou
baixo ruído e transmitiu segurança; nos trajetos de terra e lama,
mostrou valentia e grande ajuda da eletrônica |
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MOTOR
- longitudinal, 4 cilindros em linha; duplo comando no cabeçote,
4 válvulas por cilindro. Diâmetro e curso: 81 x 95,5 mm.
Cilindrada: 1.968 cm3. Taxa de compressão: 16:1. Injeção
eletrônica de duto único, dois turbocompressores. Potência máxima: 180
cv a 4.000 rpm. Torque máximo: 42,8 m.kgf a 1.750 rpm. |
CÂMBIO
- automático, 8 marchas; tração integral permanente. |
FREIOS
- dianteiros a disco ventilado; traseiros a tambor; antitravamento
(ABS). |
DIREÇÃO
- de pinhão e cremalheira; assistência hidráulica. |
SUSPENSÃO
- dianteira, braços sobrepostos; traseira, eixo rígido. |
RODAS
- 18 pol; pneus, 255/60 R 18. |
DIMENSÕES
- comprimento, 5,254 m; largura, 1,954 m; altura, 1,834 m;
entre-eixos, 3,095 m; capacidade do tanque, 80 l; caçamba, 1.280
l;
capacidade de carga, 1.017 kg; peso, 2.073 kg. |
DESEMPENHO - velocidade
máxima, 179 km/h; aceleração
de 0 a 100 km/h, 10,9 s. |
Dados do fabricante; consumo não disponível |
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Na estrada constatamos que o motor de 1.968 cm³ gira baixo, como convém
a um diesel: a 120 km/h está a apenas 2.000 rpm em oitava marcha. O
câmbio, quando em modo manual, faz a troca automática para cima se o
motorista passar da rotação-limite (4.000 rpm). Em automático as trocas
de marchas são muito sutis e, mesmo com a relação muito curta (4,70:1),
é sempre a primeira que ele usa para sair, recusando-se a engatar a
segunda com o carro parado.
Com pneus 255/60 R 18, o Amarok enfrentou um tremendo aguaceiro e passou
muita segurança no limite de 120 km/h. A chuva deixou o trecho de terra
bem enlameado, condição ideal para avaliar o sistema de tração 4x4
permanente sem alavancas seletoras. No console à direita o motorista
pode acionar o modo Off-road, que distribui a tração às rodas por
demanda, enviando torque ao eixo traseiro de 40 a 77% (portanto, à
dianteira cabem de 23 a 60%), conforme as condições de aderência.
Ao acionar o Off-road, muita coisa muda no comportamento do Amarok. O
acelerador fica levemente mais lento, para evitar que as rodas patinem
com facilidade, e os freios com sistema antitravamento (ABS) entram em
um programa voltado a esse tipo de uso, que evita deixar o picape sem
frenagem em pisos de baixa aderência. O controle de tração freia as
rodas sem contato com o solo.
Outro sistema acionado pelo comando Off-road é a assistência em subidas
e descidas. Na subida, quando o motorista solta o freio, o picape se
mantém freado por três segundos para facilitar a nova saída. Já nas
descidas os sensores eletrônicos seguram a velocidade quando o motorista
deixa de frear, mas basta acelerar que ele libera o carro. Testamos
esses sistemas também em marcha à ré e funcionaram perfeitamente.
Mesmo nas subidas, percebe-se o imenso torque que se apresenta a 1.750
rpm, pouco acima da rotação de marcha-lenta. Em arrancadas nem se
precisa acelerar para sentir os 2.073 kg (mais quatro adultos) se
deslocando com muita facilidade nos obstáculos. Ainda interessante, em
se tratando de um picape dessas dimensões, o bom ângulo de esterçamento
do volante: pode-se manobrar bem mesmo em espaços pequenos.
O preço anunciado para a versão Highline automática é de R$ 136 mil, com
garantia de três anos. Os equipamentos de série abrangem bolsas
infláveis frontais, freios antitravamento com
distribuição eletrônica entre os eixos e
assistência adicional em emergência, ar-condicionado automático de
duas zonas, rádio (com disqueteira no painel, tela sensível ao toque,
interface Bluetooth e entrada para
cartão SD), travamento mecânico do diferencial traseiro, volante com
comandos do rádio, controlador de velocidade,
computador de bordo, sensores traseiros de
estacionamento, rodas de alumínio de 18 pol e faróis de neblina. Os
opcionais são controle eletrônico de
estabilidade, rodas de 19 pol com pneus 255/55 e sistema de
navegação integrado ao rádio. Com todos eles, vai a R$ 141,9 mil.
Essa é a única versão a oferecer o novo câmbio, mas a VW ampliou a gama
para nove opções. A de entrada, com um só turbo e 122 cv, passa a ser
chamada de Amarok S e oferece cabine simples ou dupla, com tração 4x2 ou
4x4 (de uso temporário) com reduzida. A SE, antes restrita a frotistas,
agora está disponível para compradores individuais. Vem com tração 4x4
temporária com reduzida e motor biturbo de 180 cv.
O Amarok já contava com projeto dos mais modernos, motores de ótimo
desempenho e elevado grau de conforto. Agora, com a opção de câmbio que
faltava, promete decolar de vez em um segmento que passa por grande
renovação com a chegada de novos Chevrolet S10 e Ford Ranger.
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