

A volta do nome causa
polêmica, mas o novo Voyage mostra projeto bem realizado e qualidades
para boa recolocação da VW no segmento |
Pelos números de
fábrica, com álcool, vai de 0 a 100 km/h em bons 9,8 s, retoma de 80 a
120 km/h em 12,9 s e atinge 193 km/h. Para comparação com o Gol, 9,6 s,
12,5 s e 192 km/h. O consumo de combustível está
dentro dos padrões (veja na ficha técnica) e é o mesmo do novo
Gol. O rodar do sedã é bastante agradável e, como no Gol, a precisão das
respostas nas mudanças de direção e nas curvas é um ponto alto, que
chega a empolgar.
Como todo hatch na comparação com o mesmo carro em versão sedã, o Gol
mostra mais agilidade, mas a diferença é desprezível neste caso. Por
outro lado, não se nota no Voyage o excesso de carga de amortecedores
que o Gol apresenta. O trabalho de acerto da suspensão é nota 10. Em
particular, a frenagem é muito rápida e segura, tendo o Voyage corretor
de frenagem na traseira, que o Gol não tem. A sensação de solidez vem em
sua maior parte pela rigidez da carroceria, um destaque em si.
As marchas são bem escalonadas e a quinta leva a 120 km/h a 3.500 rpm,
rotação razoável para não perturbar e nem se procurar a alavanca para
passar à última marcha. A leveza dos engates, bem como o pouco peso do
pedal de embreagem, tornam menos penoso o dirigir em trânsito
congestionado. O volante com seção oval do aro e apoio perfeito para os
polegares é outro destaque. A direção assistida rápida (relação 15,3:1 e
três voltas entre batentes), de boa assistência regressiva com a
velocidade, facilita a vida do motorista. Bancos têm densidade de espuma
e forma como deve ser.
Em resumo, o novo VW proporciona prazer de dirigir, coisa de DNA da
marca levado a um nível ainda mais alto. E para completar tem um visual
muito agradável. São ingredientes para tirar o sono dos concorrentes. |