| 
			
				| 
				
							 
				
							 
        O interior do XC60 mostra ótimo 
		acabamento e bom espaço; notem-se o console vazado por trás e a clareza 
		de informações dos instrumentos 
		
							O City Safety monitora a 
				distância até o veículo à frente; se esta for muito pequena, 
				alerta o motorista e aciona os freios caso necessário 
				
							 
        
							 
        O teto solar tem duas partes, 
		dianteira corrediça e traseira fixa; o alerta de ponto cego avisa se 
		houver veículo em área que o motorista não vê |  
				|  |  
				| 
          
            
              | MOTOR
                - transversal, 6 cilindros em linha;  duplo comando no cabeçote,
                4 válvulas por cilindro. Diâmetro e curso: 82 x 93,2 mm. 
              Cilindrada: 2.953 cm3. Taxa de compressão: 9,3:1. Injeção 
				multiponto seqüencial. Potência máxima: 286 cv a 5.600 rpm. Torque máximo: 
              40,8 
              m.kgf de 1.500 a 4.800 rpm. |  
              | CÂMBIO
                - automático, 6 marchas; tração integral. |  
              | FREIOS 
              - dianteiros e traseiros a disco ventilado; antitravamento 
              (ABS). |  
              | DIREÇÃO
                - de pinhão e cremalheira; assistência hidráulica. |  
              | SUSPENSÃO 
              - dianteira, independente McPherson; traseira, independente 
				multibraço. |  
              | RODAS 
              - 7,5 x 18 pol; pneus, 235/60 R 18. |  
              | DIMENSÕES 
              - comprimento, 4,628 m; largura, 1,891 m; altura, 1,672 m; 
              entre-eixos, 2,774 m; capacidade do tanque, 70 l; portamalas, 495 
              l; peso, 1.825 kg. |  
              | DESEMPENHO - velocidade
                máxima, 210 km/h; aceleração 
              de 0 a 100 km/h, 7,5 s. |  
              | Dados do fabricante; consumo 
              não disponível |  |  | Frenagem 
		automática   
		
		De série em todas as versões, o City Safety (segurança em cidade, em 
		inglês) aciona automaticamente os freios na iminência de uma colisão. 
		Esse sistema, único em toda a indústria, teve origem em pesquisas que 
		demonstraram que 75% dos acidentes de trânsito acontecem com velocidades 
		de até 30 km/h e, em 50% das colisões traseiras, o motorista não freou 
		completamente antes do impacto. Ao frear, ou mesmo parar o carro, de 
		forma automática se estiver na iminência de atingir um obstáculo à 
		frente, a Volvo propõe um meio de evitar ou, ao menos, atenuar o 
		impacto.
 O sistema é composto de um sensor a laser, instalado na parte superior 
		do parabrisa, que faz uma varredura da frente do veículo em distância de 
		até seis metros (a Volvo daqui diz 10 m, mas ficamos com o valor 
		divulgado pelos suecos) e num ângulo de 27°. Tendo por base a diferença 
		de velocidade entre os carros, o sistema realiza 50 cálculos por segundo 
		para determinar a força de frenagem necessária para evitar uma colisão. 
		Se a força calculada ultrapassa determinado limite, o sistema hidráulico 
		dos freios é preparado e o motorista alertado; caso não haja reação 
		dele, o dispositivo freia o veículo, chegando a imobilizá-lo se preciso.
 
 O City Safety atua apenas a até 30 km/h de velocidade absoluta ou 15 
		km/h de velocidade relativa (diferença entre a do Volvo e a do carro à 
		frente). O sistema é interessante, mas não há a garantia de que a 
		colisão seja evitada. Na experimentação que fizemos o asfalto estava 
		seco e as condições controladas, ou seja, o carro bem alinhado ao objeto 
		que simulava um veículo parado. Ficou a dúvida sobre a eficiência do 
		sistema em situações não ideais, como asfalto molhado e o carro 
		descentralizado ao obstáculo a frente. A Volvo admite que o sistema pode 
		funcionar de maneira precária em situações de chuva, neblina ou neve, 
		pois essas condições atrapalhariam o desempenho dos sensores de 
		varredura da frente.
 
 Prazeroso de 
		dirigir   
		
        Entretanto, a nosso ver, a estrela do carro não é o City Safety, mas sim 
		seu motor e o acerto do conjunto. O XC60 é muito prazeroso de dirigir. 
		Equipado com motor de seis cilindros em linha — o que tira da BMW a 
		exclusividade de oferecer no segmento essa configuração —, o Volvo fica 
		com o bastão de algo exclusivo por ter essa unidade instalada em posição 
		transversal, assim como nos automóveis da linha
		S80/V70 e no utilitário esporte 
		XC90, de maior porte.
 
 A unidade de 3,0 litros com turbocompressor, 
		que atua bem 
		cedo, produz potência de 285 cv e torque de 40,8 m.kgf na ampla faixa de 
		1.500 a 4.800 rpm. Trata-se do único motor a gasolina do XC60 no exterior: 
		os demais são 
		a diesel com 163 e 185 cv. Acoplado a um câmbio automático de seis 
		marchas, que permite trocas manuais pela alavanca (não conta com 
		"borboletas" no volante), o seis-em-linha movimenta o carro com 
		brilhantismo raro de se ver. O motor tem subida de giros rápida e 
		eficiente, além de produzir um ronco dos mais belos e estimulantes. A 
		tração integral baseia-se em embreagem do tipo Haldex, que transmite 
		torque às rodas traseiras apenas quando há perda de aderência das 
		dianteiras.
 
 Isso tudo faz conjunto a um acerto de suspensão muito preciso e a uma 
		resposta de volante voltada para a condução esportiva. No todo, o XC 60 
		tem mais jeito de automóvel com características esportivas que de 
		utilitário. É possível trafegar em alta velocidade sem tomar 
		conhecimento, da mesma forma que o contorno de curvas com vigor é algo 
		que o carro aceita com tranquilidade. Seu comportamento dinâmico foi, 
		sem dúvida, alvo de especial preocupação dos engenheiros suecos
        
        —
        
        e, pelo o que pudemos analisar, eles acertaram. É um carro que, em 
		termos de acerto, se aproxima de um BMW, habitual referência de 
		compromisso entre conforto e esportividade.
 
 Além disso, o XC60 conquista antes mesmo que se ande com ele. Seu 
		desenho é feliz e bem acertado, com linhas proporcionais e elegantes. A 
		dianteira tem as laterais aparadas, efeito que conferem especial fluidez no desenho frontal. A lateral tem formato de gota, com 
		as linhas da porção traseira fazendo uma curva que traz um aspecto de 
		muita personalidade. Na traseira o destaque são as lanternas de
		leds com um contorno sinuoso, 
		acompanhando as colunas. O 
		Cx 0,35 é bom para um veículo com amplo 
		vão livre do solo de 230 mm.
 
 O interior é muito agradável. Com bancos revestidos em couro (escuro nas 
		unidades avaliadas), assim como volante e câmbio, o requinte é 
		prontamente notado. Colabora o console central 
		vazado, hoje marca registrada da Volvo, no padrão 
		aço escovado, assim como os botões de controle de ar-condicionado. O 
		quadro de instrumentos conta com dois mostradores e as demais 
		informações pelos visores do computador de bordo, dentro deles, ao 
		estilo Mercedes-Benz. A posição de dirigir é das melhores e todos os 
		comandos estão à mão. O espaço interno é digno de nota: três passageiros 
		viajam bem no banco traseiro, ainda que o terceiro sofra um pouco com o 
		túnel central e o apoio de braço no encosto. A capacidade de bagagem satisfaz: 495 litros.
 
 Com o 
		XC60, a Volvo certamente coloca mais um modelo nas rodas de 
		conversa de entusiastas por automóveis. Não só pela beleza do desenho, mas pela qualidade de rodagem e 
		dirigibilidade. E, para reverter a imagem de carros com manutenção cara, 
		a empresa oferece garantia de dois anos com cobertura total, isto é, 
		durante esse período está coberta toda e qualquer peça, seja de desgaste 
		ou não, até mesmo as trocas de óleo. Não deixa de ser um grande apelo. 
		Ao que se pode perceber, os alemães, ingleses, japoneses e coreanos 
		terão mesmo trabalho com os suecos.
 |