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O interior revestido em couro bege, com plásticos de acordo, transmite ótima impressão; já no painel poderia melhorar o uso de alguns comandos

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Os instrumentos com iluminação permanente permitem ótima leitura, mas conforto e acesso são bastante limitados na terceira fila de bancos

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Bancos da terceira fila podem ser dobrados e guardados nas laterais; o da segunda também é rebatível por inteiro; operações requerem esforço

Já o quadro de instrumentos é o oposto, bem posicionado e de excelente leitura. A iluminação é a conhecida Optitron, atuante tanto de dia quanto de noite, dando às cifras um tom branco azulado que conflita com a iluminação esverdeada usada no centro do painel. Nas extremidades deste há dois porta-copos escamoteáveis e, no centro, nichos úteis para chaves, telefone celular e demais itens de pequenas dimensões. No console nada menos que três porta-objetos ocupam a área na lateral das alavancas do câmbio e do seletor de bloqueio de tração, que dá bem o tom do tradicionalismo da Toyota no SW4: enquanto muitos veículos deste segmento optam por teclas no painel para a seleção de tração, a marca japonesa prefere um recurso tradicional bem "físico". São quatro as opções da alavanca. Na posição H (High, alta), a tração 4x4 permanente distribui a força entre o eixo dianteiro e traseiro de acordo com a situação enfrentada pelo veículo. Em condição normal a repartição é de 40% na dianteira e 60% atrás, distribuição que varia continuamente em curvas, frenagens, aclive e declives. Na posição HL (High Lock, alta travada), a força é distribuída 50%-50% entre os eixos, enquanto que na LL (Low Lock, baixa travada) a divisão por igual soma-se à reduzida. Há ainda a posição N, neutro, onde o sistema de transmissão é desconectado.

Atrás dos dois bons bancos de motorista e acompanhante há amplo espaço para as pernas dos passageiros, que dispõem de um "sofá" de três lugares (mas com apenas dois apoios para cabeça). Atrás dele, dois assentos escamoteáveis, dotação de série em todos os SW4 hoje, ampliam a capacidade de transporte de cinco para sete pessoas. É claro que o conforto desses dois lugares é limitado, tanto pelo acesso, realizado pelas portas laterais rebatendo o banco intermediário (dividido em 60:40), como pelo tamanho reduzido e o menor espaço para as pernas, mesmo havendo a possibilidade de avançar a fileira central. Todas as operações que envolvem o rebatimento de banco, seja para o acesso à fileira traseira ou o rebatimento desta última para obter mais espaço no compartimento de bagagem (cuja capacidade não é divulgada), exigem boa dose de energia, um ponto que poderia melhorar. Aliás, para fixar os assentos traseiros a suas travas, que são as alças do teto, há que se ter estatura avantajada ou simplesmente pular dentro do porta-malas para finalizar a operação. O estepe, de tamanho normal, está situado por fora sob o chassi, o que evita desalojar passageiros ou carga se acaso for necessário usá-lo, mas obriga a encarar a sujeira decorrente de tal posicionamento. Macaco e ferramentas estão bem localizados, por trás de uma portinhola na extremidade esquerda do porta-malas.

A comentada altura do SW4 V6 não significa que uma vez instalados a bordo, em qualquer um dos sete lugares, haja grande vão entre a cabeça e o teto. O espaço como um todo, como previsível, é mais exíguo quanto mais para trás nos sentamos. Assim, adultos de até 1,75 m até podem ocupar a terceira fileira, mas com pernas encolhidas e cabeça roçando o teto. De fato, tais lugares têm "endereço" certo: as crianças, no que pese a menor segurança desse posicionamento em caso de colisões traseiras. Apesar do desconforto do espaço da "terceira classe", há no teto difusores de ar-condicionado, presentes também na fileira intermediária, com possibilidade de regulagem do fluxo do ar em cinco posições — medida importante num veículo desse comprimento e com tamanha área de cabine, que tornaria demorada a refrigeração apenas com difusores no painel. A distância modesta entre o piso e o teto reflete uma opção da Toyota, característica da família Hilux desde longa data.

Concepção tradicional   Na contramão da tendência atual para os utilitários esporte, cada vez mais próximos de um automóvel e por isso adeptos da estrutura monobloco, o Hilux SW4 mantém a tradicional concepção de carroceria sobre chassi. Essa opção pelo projeto "de caminhão" tem desvantagens como peso mais elevado, menor rigidez estrutural e aproveitamento de espaço menos eficiente, mas oferece vantagens se no uso do veículo houver algo mais extremo do que o tranquilo transporte de passageiros em cidade e estrada. Quem projetou o SW4 não pensou apenas na madame levando pimpolhos à escola ou estacionando no shopping para um chá com amigas e compras. Tamanho, comandos "musculares demais", altura considerável e visibilidade em manobras apenas regular não fazem deste Hilux um sucesso entre as senhoras cosmopolitas. Continua

Apliques de madeira estão coerentes com o perfil do carro; caixa automática de cinco marchas convive com a tradição da alavanca para seleção dos três modos de tração; ar-condicionado conta com difusores no teto para segunda e terceira fila de lugares e comando específico de velocidade

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