



Instrumentos brancos, puxador de
porta mais adequado, três tons e texturas no painel: melhorias no
interior


Ao espaçoso banco traseiro o
Sandero soma um bom porta-malas de 320 litros, o maior dos carros
pequenos |
O
Sandero é oferecido em três versões de acabamento: Authentique, mais
simples; Expression, intermediária; e a topo da gama Privilège. Os
motores são os já conhecidos de 1,0 litro e 16 válvulas, 1,6 litro e
oito válvulas e 1,6 16V, todos flexíveis. Authentique e Expression podem
ter os motores 1,0 16V e 1,6, e o Privilège, somente os 1,6 de oito e 16
válvulas. Em qualquer caso, o preço é convidativo: o Authentique 1,0 16V
começa em R$ 30.000 e com motor 1,6 custa R$ 2.000 a mais. Mas é enxuto
ao extremo, apenas com imobilizador de motor, conta-giros e vidros
verdes. O ajuste de retrovisores é "digital", com os dedos na lente... O
chamado Pack Plus (ar quente, limpador e desembaçador traseiros,
retrovisores com regulagem interna e calotas) custa R$ 1.000 ou, somado
ao ar-condicionado, R$ 4.600.
O Expression parte de R$ 33.390 (1,0 16V) e vai a R$ 35.390 (1,6). Acrescenta direção assistida, banco do motorista ajustável
em altura, terceira luz de freio, acabamento superior no painel e nas
portas e os opcionais do Authentique. Pode receber o Expression Pack
(ar-condicionado, controle elétrico dos vidros dianteiros e travas,
comando remoto de travas), por R$ 4.000, ou este pacote e bolsas
infláveis frontais a R$ 5.500.
O Privilège custa R$ 41.190 (1,6) e R$ 43.790 (1,6 16V) e acrescenta
ar-condicionado, alarme, rodas de 15 pol, computador de bordo, faróis de
neblina, controle elétrico dos quatro vidros, travas e retrovisores. A
primeira oferece apenas bolsas infláveis, a R$ 1.500, enquanto a 16V
pode vir com o Pack Segurança (as bolsas, freios antitravamento ABS e
volante revestido de couro) a R$ 2.900. Nota-se que, ao contrário do
Logan, a Renault trabalhou forte no preço do 1,6 de oito válvulas. A
garantia de três anos ou 100.000 km é a mesma do sedã.
Interior
melhorado
O espaço interno é um dos pontos altos do Sandero, apesar dos 4 cm a
menos entre eixos. O acabamento melhorou em relação ao do Logan. O
painel recebeu plásticos em três tonalidades e três texturas diferentes,
sendo um mais escuro e áspero na estrutura do painel, um mais elaborado
com outra cor na faixa do centro e, por último, um acabamento prateado
na parte central. Ressalvas: o controle elétrico dos vidros tem botões
no console (os traseiros também), e não nas portas, e o rádio/CD com
MP3 do Privilège poderia ter melhor
qualidade.
Nas portas dianteiras o Sandero ganhou um novo puxador, mais prático. O
Authentique, porém, mantém a incômoda peça do Logan para encaixe dos
dedos. Junto do revestimento em padrão camurça nas portas e em veludo
nos bancos (semelhante ao de carros mais caros da marca), a versão
Privilége consegue aspecto de maior sofisticação. O quadro de
instrumentos teve a inclusão de fundo branco e aros cromados no
velocímetro e no conta-giros. O revestimento varia conforme a versão,
mas a análise das demais ficou prejudicado, pois a Renault exibiu apenas
a Privilège no evento de lançamento em Florianópolis, SC.
Em virtude dessa escolha, só foi possível experimentar o carro com os
motores 1,6. Isso evidencia que a Renault quer favorecer as vendas
dessas versões, sobretudo a de oito válvulas, que de início responde
pela metade da produção (o 1,0 fica com 30%, e o 1,6 16V, com 20%). O
motor 1,6 16V produz potência de 107/112 cv e torque de 15,1/15,5 m.kgf
(gasolina e álcool), mais que suficientes para um carro que pesa 1.087
kg. Associado a um conjunto de suspensão muito bem acertado, o motor dá
ao Sandero excelente dirigibilidade.
Continua |