
Similar ao 206 Sedan produzido
no Irã, o Passion mantém a identidade do hatch até nas lanternas; a
harmonia de linhas provoca discussões


O espaço traseiro é como no hatch, mas cabem 420 l no porta-malas |
A definição de versões deixa algumas carências: o comprador do carro com
câmbio manual não poderá usufruir de freios ABS e bolsas infláveis,
enquanto na SW não é possível associar motor 1,6 a caixa manual. Também
desaparecem por enquanto as versões Moonlight (com teto solar) e a opção
"aventureira" Escapade para a SW, com suspensão mais alta e pneus de uso
misto, mas é provável que ela seja relançada mais tarde.
Os preços sugeridos são: hatch XR 1,4, R$ 37.790; XR Sport 1,4, R$
39.590; XS 1,6, R$ 43.300; XS 1,6 automático, R$ 48.800; SW XR 1,4, R$
43.000; SW XR Sport 1,4, R$ 44.790; e SW XS 1,6 (só automática), R$
52.500. Houve ligeira redução em relação aos do 206, mas deve ser
considerado que o modelo anterior era vendido há tempos com expressivo
desconto. Na prática, se os novos preços forem concretizados nas vendas,
o carro será um pouco mais caro ao consumidor que o antigo.
Do Irã para o
Brasil
Embora as vendas comecem só em outubro, a Peugeot já colocou para
avaliação o 207 Passion, versão sedã três-volumes do 206 renovado. O
desenho da traseira repete o do 206 Sedan produzido desde 2005 pela
Khodro, marca iraniana que fabrica modelos da Peugeot. Com o mesmo
padrão do restante da linha para motores, versões e equipamentos, o sedã
mede 4,23 metros de comprimento, aumento de 36 cm sobre o hatch, e já
chega dividindo opiniões.
A nosso ver, a adaptação de uma traseira longa e volumosa ao 206 não foi
feliz. Há volume em excesso na região, como nas espessas colunas e até
no novo pára-choque, o que destoa da compacta seção central da
carroceria. Lanternas maiores poderiam amenizar essa sensação. A nova
versão é exatamente igual aos demais carros da linha até as portas
traseiras, incluindo o espaço interno um tanto escasso (a distância
entre eixos não muda), mas acrescenta um porta-malas com capacidade
anunciada de 420 litros no Brasil (no Irã são apenas 384, o que é
estranho). As articulações da tampa não são
pantográficas, mas evitam danos à bagagem por operar dentro de
espaços reservados. E, novidade na linha, seu estepe vem por dentro sob
o carpete.
Polêmicas do nome e da estratégia de marketing à parte, a linha 207
constitui válida evolução dos 206. Houve melhora em pontos importantes,
como suspensão e acionamento do câmbio, e o desenho externo e interno é
atraente e o identifica com os demais modelos da marca. Resta saber como
o mercado brasileiro, com sua exagerada importância ao estilo, receberá
a versão três-volumes Passion. |