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		A Trekking mostrou bom 
		desempenho e mantém o acerto de suspensão já apreciado na antiga 
		Adventure; deve responder por 30% das vendas 
		
         
		
         
		Na ELX, a mesma frente do Siena 
		combina-se a uma traseira de ótimo resultado; o vidro lateral traseiro 
		tem novo formato em toda Weekend | 
        Já o bloqueio de diferencial consiste em um auxílio para uso 
		fora-de-estrada em baixa velocidade. Não se trata de um
		diferencial autobloqueante, como o dos 
		esportivos Civic Si e Golf GTI, que tem como principal intuito evitar a 
		perda de tração da roda interna em curvas. No sistema da Adventure, 
		desenvolvido em parceria com a Eaton, a anulação do efeito do 
		diferencial acontece só até 20 km/h e apenas se o motorista o comandar 
		pelo botão no painel.
 Quando uma das rodas dianteiras perde a aderência e a outra continua 
		parada, o Locker, por meio de sistema eletromagnético, faz com que um 
		anel, que vence uma mola de retorno, trave juntas as planetárias que 
		transmitem potência às semi-árvores e estas, às rodas. Isso faz com que as duas rodas girem 
		juntas e permite que aquela com tração mova o carro. Esse recurso deve 
		ser acionado pelo motorista nas situações criticas, caso em que a 
		mensagem ELD On aparece no painel. O veículo precisa estar parado e o 
		motorista acionando o freio. Uma vez utilizado para sair do trecho 
		difícil, o mecanismo pode ser desligado pelo botão ou automaticamente, 
		bastando passar de 20 km/h. Então a mensagem ELD Off surge no quadro de 
		instrumentos.
 
 A adoção desses equipamentos deixou-nos curiosos quanto ao comportamento 
		da Adventure Locker. Em termos dinâmicos, os ajustes de suspensão 
		fizeram efeito: o carro continua muito bem acertado e preciso em curvas 
		e mudanças rápidas de faixa. É perceptível em situações mais extremas 
		pequena tendência do pneu em dobrar, o que é normal frente a sua altura, 
		mas sem prejudicar a estabilidade.
 
 Além disso, o carro está muito confortável, seja no fora-de-estrada, 
		seja no asfalto, e não incomoda pelo barulho de rolagem dos pneus. 
		Mérito tanto da Pirelli, com este Scorpion de moderna geração, quanto do 
		bom isolamento acústico da Locker. A direção ficou um pouco mais pesada, 
		em parte em razão dos 30 kg a mais, em parte por modificações como as 
		bitolas maiores (há novos braços de suspensão e semi-árvores mais 
		compridas), sem esquecer os pneus de largura 30 mm superior aos da 
		antiga Adventure.
 
 A Adventure mantém o bom desempenho, embora seu motor, ágil em baixas 
		rotações, fique devendo um pouco nas altas. O bloqueio de diferencial 
		tem utilização simples e mostrou-se muito eficaz. Em trechos do percurso 
		de teste e numa pista montada pela Fiat, foi possível usá-lo e comprovar 
		a ajuda do equipamento. Este é um carro que pode ser usado sem problema 
		por uma família, em especial aquelas que às vezes precisem chegar a 
		locais de acesso mais difícil, ou por quem tenham espírito de aventura e 
		goste de passeios longe do asfalto. É prazeroso na condução e honesto em 
		sua proposta. Claro que não se espera dele a aptidão fora-de-estrada de 
		um modelo de tração integral.
 
 O preço da Adventure foi mantido em R$ 53.850, mesmo diante da adoção de 
		equipamentos. Segundo a Fiat, o Locker e os amortecedores acrescentariam 
		R$ 3.500 ao valor. A empresa pretende vender por volta de 2.500 carros 
		por mês, sendo metade Adventure Locker, 30% Trekking e 20% ELX. Para 
		isso tem um produto interessante, de belas linhas — ainda que muitos 
		achem que na Adventure Locker o desenho ficou rebuscado —, com 
		tecnologias úteis na versão de topo e preços competitivos. Pelo alvoroço 
		que o carro causou na avaliação, fazendo as pessoas virarem o pescoço 
		para vê-lo, apontar e fazer todo tipo de pergunta quando era 
		estacionado, parece que a Fiat acertou a mão.
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