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		 O painel traz computador de 
		bordo e alerta de velocidade de série, mas houve modificações infelizes, 
		caso do local do botão de pisca-alerta 
		 
		
							 Se o desempenho do motor de 
		75 cv não decepciona, o Palio ficaria melhor se recebesse câmbio mais 
		longo e amortecedores mais firmes | 
        Em apenas um aspecto o 1,0-litro incomoda de verdade: regime em rodovia. 
		Para compensar o menor torque, a Fiat faz essa versão com diferencial e 
		as três últimas marchas mais curtos. Os 13% mais de giros em quinta 
		marcha (4.400 rpm a 120 km/h, por exemplo) deixam o nível de ruído em 
		viagem fica bem acima do desejável, o que também explica sua vantagem em 
		consumo não ser tão grande. Não há razão para câmbio tão curto em um 
		motor que desempenha bem em baixos regimes, um ponto a que o fabricante 
		deveria dedicar atenção.
 Deixando de lado a questão de motores, também merece revisão o acerto de 
		suspensão do ELX. Nada contra a preocupação com o conforto no piso 
		irregular que é quase um padrão no Brasil, mas um pouco mais de carga 
		nos amortecedores o deixaria mais estável, mais "na mão", sem prejuízo 
		dessa característica. Por outro lado, a direção assistida tem peso 
		correto, os freios satisfazem e os engates do câmbio estão na média da 
		classe — só o da ré poderia melhorar com a supressão do anel-trava, que 
		não é necessário por existir bloqueio interno na caixa contra engate 
		involuntário.
 
 O Palio ELX vem agora com os ótimos faróis lançados no Siena 2008. Além 
		do inegável ganho estético — os anteriores do Palio haviam decepcionado 
		pela aparência singela —, as unidades usam refletores separados para os 
		fachos baixo e alto e os do baixo são do tipo
		elipsoidal, de grande eficiência. Outros 
		bons detalhes da versão se notam no temporizador de faróis, computador 
		de bordo de série, faixa degradê no para-brisa, alertas para portas mal 
		fechadas e excesso de velocidade (programável) e encosto de cabeça para 
		os cinco ocupantes.
 
 Também são bem conhecidos alguns problemas do modelo, como espaço 
		traseiro modesto em comparação a concorrentes mais modernos (o projeto 
		do Palio é de 1996), difusores de ar muito baixos (inadequados ao uso de 
		ar-condicionado) e os bancos macios demais que cansam em longos 
		trajetos. O ELX atual revela ainda reduções de custo indesejadas, como 
		botão do pisca-alerta sobre a coluna de direção (de difícil acesso em 
		emergências, como paradas repentinas em rodovia), marcador digital de 
		nível de combustível e acabamento que mostra rebarbas e maus encaixes 
		nos plásticos.
 
 O preço sugerido de R$ 31 mil (há opção de três portas por R$ 29.050) 
		inclui poucos equipamentos de série, como direção assistida, volante 
		ajustável em altura, faróis de neblina, lavador/limpador do vidro 
		traseiro, comandos internos da quinta porta e da tampa do tanque e 
		terceira luz de freio. A grande lista de opcionais, que o leva acima de 
		R$ 41 mil, inclui o pacote com bolsas infláveis frontais e freios com 
		sistema antitravamento (ABS) por R$ 2.827. Com os kits Attractive 5 
		(ar-condicionado, vidros dianteiros e travas elétricos, rodas de 
		alumínio), Emotion (acabamento interno em veludo, painel bicolor, banco 
		do motorista com regulagem de altura) e Evolution 2 (rádio/CD com MP3,
		viva-voz Bluetooth e entradas USB e para 
		Ipod, além de retrovisores elétricos) o preço vai a R$ 37.537, elevado para o que o carro oferece, mas competitivo 
		na classe.
 
 E — afinal — vale a pena poupar os R$ 2,5 mil e ficar com a versão de 
		1,0 litro do ELX? Depende. Se você gosta de explorar as altas rotações 
		do motor ou aceita certa perda em baixa em troca do menor preço e de 
		ligeira vantagem em consumo, vale. Por outro lado, se rotação excessiva 
		em viagem o incomoda ou seu perfil de uso (com carro carregado e 
		ar-condicionado ligado com frequência, por exemplo) requer melhor 
		disposição ao acelerador, é melhor optar pelo 1,4.
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