Conhecido do L200 Triton, o
motor turbodiesel de 3,2 litros e 165 cv traz bom desempenho ao Dakar e
tem funcionamento bastante silencioso
O interior bem-acabado inclui
comandos no volante, mostrador de LCD para diversas informações (abaixo)
e um grande espaço para bagagem |
O painel e os instrumentos são bem desenhados e todos os comandos estão
à mão. No alto da parte central do painel, um mostrador traz bússola
digital e indicações como altitude, pressão atmosférica, temperatura
externa e informações de áudio. Os itens de conveniência incluem
ar-condicionado automático, computador de bordo com 11 funções,
sensor de estacionamento na traseira e
sistema de áudio com amplificador de 420 watts, função MP3 e viva-voz
Bluetooth. O porta-malas tem capacidade
para 115 litros com lotação completa de sete pessoas, 1.160 com cinco
pessoas e até 1.920 litros com duas pessoas e os bancos traseiros
rebatidos. Bolsas infláveis frontais e freios com sistema ABS
(antitravamento) e EBD (distribuição eletrônica da frenagem) também são
de série.
O único motor oferecido no Dakar, ao menos por enquanto, é o turbodiesel
de 3,2 litros, quatro cilindros e 16 válvulas já usado no Triton, que
desenvolve potência de 165 cv e torque máximo de 38,1 m.kgf. Funciona
como uma pluma em baixas rotações e vira bicho quando acoplado à caixa
de redução. Além de potente, também é econômico pelos dados do
fabricante: a 100 km/h faz 12,5 km/l, e a 120 km/h, 11,2 km/l. Em
percursos urbanos a média declarada é de 8,3 km/l.
Com um Dakar de câmbio automático de quatro marchas, o Best Cars
rodou cerca de 50 quilômetros por trilhas, estradas de terra, asfalto
sinuoso e até um pequeno trecho de rocha pura, no alto da montanha, com
inclinações de arrepiar. Ao volante, duas boas sensações se destacam: o
baixíssimo nível de ruído interno, tanto do motor quando das suspensões,
e o primoroso comportamento das suspensões. Firmes sem ser duras na
terra, macias sem ser moles no asfalto, seguem conceitos tradicionais na
dianteira (independente por braços sobrepostos) e na traseira (eixo
rígido, com molas helicoidais em ambos os casos). A direção com
assistência hidráulica é eficiente e o diâmetro de giro de 11,2 metros
facilita tanto as manobras urbanas quanto aquelas em trilhas estreitas.
O teste nem foi tão exigente assim. Pelo contrário, a bordo do Pajero
Dakar as trilhas e estradas de terra constituíram agradável passeio. Não
havia oportunidade para grandes obstáculos de fora-de-estrada pesado,
mas se pode esperar bom comportamento do veículo nessas condições. Sua
carroceria fixada sobre chassi — método em desuso nos utilitários
urbanos, mas ainda bem cotado nos 4x4 mais sérios — está mais resistente
às torções e tem ângulo de ataque (ou entrada) de 36° e de saída de 25°.
A capacidade máxima de subida é 35° e de inclinação lateral até 45°. Na
prática, isso significa que ele pode entrar em e sair de obstáculos
relativamente altos sem raspar a frente ou a traseira no chão e, se
tiver aderência, enfrentar subidas de dar medo. |