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Interior típico de Mercedes, bem-acabado e confortável, mas sem ousadias na aparência; os bancos dianteiros têm ajuste elétrico e a chave é eletrônica, sem serrilha

Como no Classe A, o banco baixo em relação ao assoalho e o volante quase vertical compõem uma posição de dirigir de carro esporte, só que elevada como em uma minivan. A solução favorece a visibilidade, mas ela é prejudicada pelas largas colunas dianteiras, painel alto e retrovisor interno no campo visual. Os bancos dianteiros — firmes e confortáveis em longos percursos, com apoio lombar regulável — têm ajuste elétrico até para os encostos de cabeça. No banco traseiro há bom espaço para cabeças e pernas, com um discreto túnel central. Entretanto, a largura é insuficiente para três adultos, o assento deveria ser mais longo e o passageiro central sofre com o encosto.

O pacote de itens de conforto é farto: ar-condicionado automático com saída no porta-luvas, revestimento dos bancos em couro, acionamento automático de faróis e limpador de pára-brisa (com braços em sentidos opostos e ótima varredura), computador de bordo com exibição digital de velocidade, controle elétrico dos vidros com função um-toque e sensor antiesmagamento para todos, controlador e limitador de velocidade, monitor de pressão dos pneus, tomada de 12 volts para o banco traseiro, porta-óculos para o motorista, rádio/toca-CDs de boa qualidade — mas sem função MP3 — e comandos no volante para o áudio e o computador. Pena não ser oferecido aqui o amplo teto solar, similar ao do Fiat Stilo, ou mesmo a versão com área envidraçada fixa.

Bons detalhes estão por toda parte: ambos os retrovisores externos biconvexos, indicação individual de porta mal fechada, pára-brisa com faixa degradê (rara em modelos trazidos da Europa), lingüeta para liberar a trava de segurança do capô, dois pontos para montagem de sua vareta de sustentação (o segundo facilita intervenções mecânicas) e alarme com proteção por ultra-som (que pode ser inibida) e detecção de que o veículo está sendo rebocado.

Ao abrir a quinta porta surge uma luz vermelha, para ajudar a sinalizar o veículo, e o compartimento de bagagem conta com um conjunto de primeiros-socorros. A capacidade informada é de ótimos 544 litros, sendo possível remover o banco dianteiro direito e o traseiro para liberar volume de 2.245 l. Mas a Mercedes deveria buscar melhor solução para o estepe: de tamanho integral e inclinado no piso, requer um enchimento de cerca de 10 centímetros para nivelar a base, o que acarreta perda de espaço útil — espaço que também falta para pequenos objetos no interior.

Bom desempenho e CVT   Derivado da versão de aspiração natural e 136 cv que hoje equipa tanto o Classe A quanto o B, o motor de 2,0 litros e apenas duas válvulas por cilindro do B 200 Turbo passa à potência de 193 cv e ao torque máximo de 28,5 m.kgf, mantido constante entre 1.800 e 4.850 rpm. Seu funcionamento suave e silencioso, com um leve ronco ao se acelerar a fundo, permite explorar bem as altas rotações — mas não há necessidade delas para obter desempenho muito bom. A entrega de potência é gradual, sem a "dupla personalidade" ainda presente em alguns motores turbo.

A Mercedes declara velocidade máxima de 218 km/h e aceleração de 0 a 100 km/h em 8,2 segundos, mas a sensação não é de um carro tão rápido. Parte disso deve-se ao câmbio de variação contínua (CVT) Autotronic, com sua progressão suave e sem os "degraus" das mudanças de marcha dos outros tipos de transmissão. Junto à alavanca seletora há um botão para selecionar entre os modos Conforto, Esporte e Manual. No primeiro, que é automático, a caixa permite tanto acelerar devagar (a menos de 2.000 rpm), quanto chegar rápido a 5.800 rpm, com o pé no fundo, e assim permanecer até a velocidade máxima. Continua

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