



Meio metro mais longo que o Fit
e sem painéis externos em comum a ele, o City agrada muito aos olhos e
tem clara a identidade da Honda |
Com a abertura da importação de veículos em 1990, o Honda Civic foi um
dos primeiros japoneses a desembarcar por aqui — e se consagrou. A
empresa, que só fazia motos no Brasil, instalou uma fábrica no interior
de São Paulo, em Sumaré, e começou a produzir o Civic, hoje duas
gerações à frente daquela. O mercado respondeu bem e demonstrou que
teria espaço para mais produtos da marca. Veio o Fit, outro sucesso de
público.
Na esteira desses êxitos, a Honda resolveu atacar em mais uma frente e
apresenta agora seu terceiro modelo nacional: o City, um sedã
três-volumes derivado do Fit e menor que o Civic, mas com um projeto
mais racional que o do sedã maior, caso do maior espaço no porta-malas.
Inicialmente programado para ser produzido na fábrica argentina da
Honda, o cronograma foi alterado em função da crise mundial que
atrapalhou os planos no país vizinho — mas não do lançamento do carro,
que teve a produção transferida para a unidade brasileira.
O sedã chega em três versões, todas com o mesmo motor (o flexível de 1,5
litro e 16 válvulas já usado no Fit) e opção entre câmbio manual e
automático, ambos de cinco marchas. A versão de entrada, LX manual,
começa em R$ 56.210 para as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste e em R$
57.455,00 para Norte e Nordeste. Nas três primeiras regiões citadas, o
LX automático passa a R$ 60.010, o EX manual custa R$ 61.650 e o
automático R$ 65.450, o EXL manual R$ 65.375 e o automático R$ 71.095. A
garantia é de três anos sem limite em quilômetros.
O LX conta como equipamentos de série com ar-condicionado, direção
assistida elétrica, bolsas infláveis frontais, rodas de alumínio de 15
pol com pneus 175/65, rádio com CD/MP3 e entradas USB e P2 para mídia
externa, volante regulável em altura e distância e controle elétrico dos
vidros, travas (com comando a distância) e retrovisores.
A versão EX já conta com rodas de 16 pol — de desenho muito bonito — com
pneus 185/55, freios a disco nas quatro rodas com sistema antitravamento
(ABS) e distribuição eletrônica de pressão
entre os eixos (EBD), ar-condicionado com controle automático de
temperatura, controlador de velocidade,
retrovisores com luzes indicativas de direção, maçanetas e ponteira do
escapamento cromadas e comandos de áudio no volante. A EXL adiciona ao
EX o revestimento em couro dos bancos, faróis de neblina e, na versão
automática, abas do tipo borboleta no volante para trocas manuais de
marcha.
Embora desenvolvido sobre a plataforma do Fit de segunda geração, a
Honda insiste em dizer que o City não é um Fit sedã e menos ainda um
míni-Civic. Na realidade o carro cumpre os dois papéis — e isso não é
demérito nenhum. Os japoneses justificam que a plataforma do City não é
igual à do Fit, pois a distância entre eixos é maior em cinco
centímetros no caso do três-volumes. No entanto, é sabido que
plataformas são modulares e seu projeto original prevê essas alterações,
como acontece em vários outros casos na indústria. O comprimento é exato
meio metro maior, a largura é a mesma e a altura diminuiu 55 mm em
comparação ao hatch. Por outro lado, o carro pode ser considerado um
míni-Civic pelo desenho.
Suas linhas dianteiras e sobretudo laterais têm clara
inspiração no irmão mais velho.
Se a traseira difere mais, ainda mantém a identidade da marca.
Se a Honda tirasse qualquer identificação do carro, ainda assim seria
possível ver seu DNA no City.
Continua |