

Na tela do computador de
bordo, informações como pressão e temperatura do óleo e pressão de cada
pneu




Amplo espaço para bagagem e
objetos, vidro traseiro com abertura em separado, ajuste elétrico dos
pedais
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Há fartos detalhes de conveniência, como duas zonas de ajuste do
ar-condicionado (que conta com infravermelho para analisar a temperatura
corporal dos ocupantes), teto solar com
função um-toque no comando elétrico, retrovisor esquerdo
fotocrômico (como o interno) e ambos os
externos com aquecimento, sensores de
estacionamento à frente e atrás com indicação visual por
LEDs, limpador de pára-brisa automático,
vidro traseiro com abertura em separado da tampa e botão no controle
remoto, tomadas de 12 volts no console e no compartimento de bagagem
(mais o acendedor de cigarros), aquecimento nos bancos dianteiros,
iluminação no assoalho da frente e nos espelhos dos pára-sóis, alerta
específico para porta mal fechada, porta-copos retrátil no banco
traseiro e ótimo espaço para objetos no console.
O compartimento de bagagem é muito espaçoso: 1.140 litros até o teto (o
volume até a cobertura, de enrolar, não é fornecido) e 2.000 l ao
rebater o banco traseiro, que é bipartido 60/40. Não há estepe, pois os
pneus podem rodar vazios por alguma distância e em velocidade moderada,
mas a base de acesso está a quase 80 centímetros do solo, o que é muito.
Interessante a bandeja plástica para objetos no assoalho, moldada no
verso do revestimento de carpete em sistema dupla-face.
Apesar da origem americana, o Grand Cherokee que vem ao Brasil é
produzido na Áustria e por isso traz especificações européias, caso do
excelente retrovisor esquerdo biconvexo
(nos EUA é obrigatório o plano), repetidores laterais das luzes de
direção e lanterna traseira de neblina. O que deveria ser revisto: falta
a faixa degradê no pára-brisa, as maçanetas internas são um tanto
baixas, o teto solar rouba espaço para a cabeça de quem viaja atrás e a
função um-toque abrange apenas o controle elétrico dos vidros
dianteiros.
Usina de força
Ter sob um
capô um V8 da linha Hemi (assim chamada pelas câmaras hemisféricas, como
nos clássicos motores de mesmo nome lançados na década de 1950 pela
Chrysler) já é motivo de orgulho para o Grand Cherokee, mas o SRT-8 vai
além. Nesta versão de 6,1 litros com extensas modificações (saiba
mais sobre técnica), a potência passa de 326 cv a 5.000 rpm para 432
cv a 6.200 rpm, enquanto o torque máximo sobe de 51 m.kgf a 4.000 rpm
para 58 m.kgf a 4.800 rpm.
Apesar das 2,2 toneladas do utilitário, é força de sobra para qualquer
condição de uso. Acompanha-se o tráfego com um leve toque no acelerador,
quase sem ruído, e raramente é necessário comandar redução de marcha
(seja pelo pedal da direita, seja movendo à esquerda a alavanca de
câmbio a partir da posição D) para ganhar velocidade com rapidez. Mas é
claro que não é disso que o leitor quer saber.
Pois bem, vamos ao que interessa. Carro parado, câmbio em D, mantêm-se o
pé esquerdo no freio enquanto o direito carrega o conversor de torque da
caixa automática. Libera-se o freio e o grande Jeep salta à frente,
praticamente sem perda de tração, enquanto as rodas dianteiras e
traseiras dividem o torque conforme a aderência disponível. As costas
colam no banco e o som do motor se manifesta, poderoso. Se puder, faça a
experiência dentro de um túnel... É de criar dependência nos ouvidos.
Se houver espaço para isso, as trocas de marcha ocorrerão na faixa de
60, 100 (a tempo de cumprir o 0-100 km/h em segunda, portanto), 160 e
225 km/h. Segundo o fabricante, a quinta é limitada a 250,
norma dentro da extinta DaimlerChrysler — exceção ao
Mercedes-Benz SLR McLaren, por
motivos óbvios —, mas seria possível ganhar mais 15 km/h sem o
limitador, indicou a simulação de desempenho do Best Cars.
Curiosamente, no Brasil a empresa informa 245 km/h.
Continua |