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No interior, o destaque são os mostradores digitais configuráveis nos dois lados do velocímetro; os ícones de folhas apontam o uso eficiente

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Novidades comuns ao V6: câmera para orientar manobras de ré, com a tela do sistema Sync, e alerta para veículos em pontos sem visibilidade

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Com o quatro-cilindros e o motor elétrico operando juntos, o Fusion tem 191 cv e acelera de 0 a 100 em tempo próximo ao do V6 de 3,0 litros

 
Ficha técnica
MOTOR - transversal, 4 cilindros em linha; duplo comando no cabeçote, 4 válvulas por cilindro. Diâmetro e curso: 89 x 100 mm. Cilindrada: 2.488 cm3. Taxa de compressão: 12,3:1. Injeção multiponto sequencial. Potência máxima: 158 cv a 6.000 rpm. Torque máximo: 18,8 m.kgf a 2.200 rpm.
MOTOR ELÉTRICO - Potência máxima: 107 cv a 6.500 rpm. Torque máximo: 22,9 m.kgf a 3.000 rpm. Potência máxima combinada dos motores: 193 cv a 6.000 rpm.
CÂMBIO - automático de variação contínua; tração dianteira.
FREIOS - dianteiros a disco ventilado; traseiros a disco; antitravamento (ABS).
DIREÇÃO - de pinhão e cremalheira; assistência elétrica.
SUSPENSÃO - dianteira, independente, braços sobrepostos; traseira, independente, multibraço.
RODAS - 7,5 x 17 pol; pneus, 225/50 R 17.
DIMENSÕES - comprimento, 4,841 m; largura, 1,835 m; altura, 1,445 m; entre-eixos, 2,728 m; capacidade do tanque, 66 l; porta-malas, 405 l; peso, 1.687 kg.
DESEMPENHO - velocidade máxima, 180 km/h; aceleração de 0 a 100 km/h, 9,1 s.
CONSUMO - em cidade, 16,4 km/l; em estrada, 18,4 km/l.
Dados do fabricante

Ao volante   O habitáculo do Hybrid pouco difere do que já se conhece do Fusion, mas esse pouco faz toda a diferença. Muitos ficam em dúvida no início se o carro está mesmo ligado ao virar a chave. Se — apesar de não haver qualquer ruído — um pequeno ícone de uma lateral de carro sobre setas para os dois lados emitir sua luz verde no canto do quadro de instrumentos, pode-se ter certeza que sim, mas apenas com motor elétrico. O sistema eletrônico decide se, ao movimentar o carro, será preciso ou não acionar a unidade a gasolina.

Ao volante, nada vai prender mais a atenção do motorista que o painel digital Smart Gauge. Feito de TFT, superior ao LCD, ele pode ser lido com facilidade por evitar reflexos. É ele que permite acompanhar quando o motor a combustão entra em funcionamento e quanto da propulsão ele divide com o elétrico a cada pisada no acelerador — a forma de dirigir determina a combinação dos dois. Duas colunas luminosas à esquerda do velocímetro analógico, simbolizando cada motor, sobem ou descem conforme sua atuação. Outro mostrador é o da carga da bateria. Quando o carro é freado, um símbolo de circular gira acima dele, indicando que a bateria está sendo recarregada, e o motorista pode sentir a consciência sustentável mais leve.

Os mostradores podem ser configurados para exibir as informações desejadas: nível de combustível, carga da bateria, consumo médio e instantâneo de gasolina e, no modo EcoGuide, a imagem de folhas verdes que se multiplicam na tela para indicar o modo de dirigir mais econômico. No console, a tela do sistema Sync traz um modo que exibe o fluxo de energia do carro, para sinalizar o consumo dos motores a combustão e elétrico, da bateria e de periféricos. Já a alavanca de câmbio tem as mesmas posições (P, R, N, D e L) do Fusion 2,5 a gasolina, embora não se trate da caixa automática tradicional.

Infelizmente, na apresentação para a imprensa e no trajeto de trânsito carregado na capital paulista, não houve tempo para explorar as funções dos mostradores, mas o da direita, que contabiliza com ícones de folhas a eficiência na direção, chegou a ter três deles para estampar o menor consumo. Há dois senões na eletrônica de bordo, no entanto. Um é o consumo apresentado em milhas por galão ou litros por 100 quilômetros, o que exige cálculos para obter nossos km por litro. O outro é o navegador por GPS do sistema Sync, que continua sem os mapas do Brasil e, assim, não tem utilidade — o que obrigou a equipe da Ford a providenciar um aparelho avulso que desse conta de orientar os jornalistas no trajeto paulistano.

Trajeto que mostrou, por outro lado, os bons atributos do sistema híbrido. Só se ouve a atuação do motor de quatro cilindros em acelerações mais fortes, mesmo assim sem exageros, na medida certa para um carro que prioriza o conforto e a discrição. O isolamento acústico é muito bom e o carro transmite uma sensação de robustez condizente com suas dimensões. Está muito bem dimensionado em torque, potência e suavidade de funcionamento para a tarefa de conduzir executivos de empresas com preocupações ambientais — potencial público-alvo da versão — pela cidade congestionada.

Merecem destaque a direção com assistência elétrica e a eficiência do ar-condicionado, também com acionamento elétrico. Por falar em calor, como fica a bateria em nosso país tropical? "Ela é refrigerada pelo ar do interior do veículo", explica Klaus Mello, gerente de engenharia da Ford. Boa novidade é o dispositivo que acende uma luz nos retrovisores externos quando há algum veículo nos pontos cegos do carro, o que garante manobras mais seguras no trânsito. Como desvantagem, a capacidade do porta-malas cai de 530 para 405 litros por causa da montagem da bateria na traseira.

O Fusion Hybrid traz de série sete bolsas infláveis (frontais, laterais dianteiras, cortinas laterais e uma para os joelhos do motorista), controle de estabilidade e tração, teto solar com comando elétrico, abertura das portas por teclas, acionamento automático dos faróis, controlador de velocidade, sistema Sync multimídia com áudio Sony e 12 alto-falantes e sensor de pressão dos pneus. Há ainda cinco novos itens também presentes na versão V6: limpador de para-brisa automático, banco do motorista com ajuste elétrico em 10 direções (antes o apoio lombar não tinha regulagem elétrica), chave configurável MyKey, sistema de monitoramento de pontos cegos e tráfego cruzado e câmera traseira para orientar manobras.

A chave configurável armazena ajustes como velocidade máxima, volume do rádio, uso do cinto de segurança e reserva de combustível, além da informação da quilometragem percorrida. Assim, o motorista que entregar o carro — ao filho ou ao manobrista, por exemplo — pode fixar tais limites e saber quanto foi rodado em sua ausência. Essa chave equipa também o Fusion de quatro cilindros a gasolina, assim como duas novidades: agora se podem abrir os vidros dianteiros pelo controle remoto da chave e os retrovisores externos trazem um mini-espelho convexo no canto superior, para a redução de pontos cegos.

No V6 e no Hybrid, o monitor de pontos cegos tem sensores que alertam, por aviso luminoso nos retrovisores externos, se há um veículo ou pedestre se aproximando nos pontos sem visão, tanto pela lateral como pela traseira. Já o monitor de tráfego cruzado ajuda o motorista em manobras de marcha à ré, ao alertar sobre a aproximação lateral, também por aviso luminoso no retrovisor correspondente. A câmera traseira usa a mesma tela de 8 pol do sistema Sync.

A Ford não revela a expectativa de vendas para a versão híbrida do Fusion. De acordo com a gerente de produto Adriana Carradori, a marca prevê vendas inicialmente baixas, para consumidores que fazem questão de ter a última tecnologia sem ter que priorizar preço e para a frota de empresas. O fabricante frisa que tem condição de atender a eventuais aumentos de demanda. "O ferramental de serviço é igual ao das outras versões e o carro pode ser blindado", esclarece Adriana, a respeito de uma prática comum nesse segmento.

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