


O desempenho melhorou e o
Focus continua estável e confortável: uma opção a considerar, apesar da
idade |
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Focus GLX hatch |
MOTOR
- transversal, 4 cilindros em linha; comando no cabeçote, 2 válvulas por cilindro. Diâmetro e curso: 82,1 x
75,5 mm.
Cilindrada: 1.598 cm3. Taxa de compressão: 12,3:1. Injeção
multiponto seqüencial. Potência máxima: 105 cv (gas.) e 113 cv (álc.) a
5.500 rpm. Torque máximo:
15,1
m.kgf (gas.) e 16 m.kgf (álc.) a 4.250 rpm. |
CÂMBIO
- manual, 5 marchas; tração dianteira. |
FREIOS
- dianteiros a disco ventilado; traseiros a tambor. |
DIREÇÃO
- de pinhão e cremalheira; assistência hidráulica. |
SUSPENSÃO
- dianteira, independente McPherson; traseira, independente,
multibraço. |
RODAS
- 6 x 15 pol; pneus, 195/60 R 15. |
DIMENSÕES
- comprimento, 4,174 m; largura, 1,702 m; altura, 1,48 m;
entreeixos, 2,615 m; capacidade do tanque, 55 l; porta-malas,
350 l; peso, 1.190 kg. |
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gas. |
álc. |
Velocidade máxima |
180 km/h |
184 km/h |
Acel. de 0 a 100 km/h |
12,8 s |
12,2 s |
Consumo em cidade |
12,3 km/l |
7,8 km/l |
Consumo em estrada |
18,3 km/l |
11,7 km/l |
Dados do fabricante |
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Ao contrário do que costuma acontecer nas versões flexíveis, que ganham
2 ou 3 cv, neste caso foi possível notar maior disposição ao avaliar o
Focus GLX em um percurso rodoviário entre Guarulhos e a fábrica de
Taubaté, no interior paulista. O motor funciona sem esforço, com
suavidade e baixo ruído. O câmbio tem engates curtos e leves e marcha a
ré fácil de usar, sem travas desnecessárias. O acerto da suspensão
continua dos melhores da categoria, com rodar macio e bom comportamento
em curvas.
O que deveria melhorar são os bancos: o ajuste de altura (motorista
somente) move apenas o assento, podendo deixar o encosto mal
posicionado; falta também maior apoio lombar. De resto, o ótimo
acabamento que caracterizava o Focus de início se perdeu em parte nos
últimos anos, com o
uso de tecidos de aspecto inferior nos bancos e o escurecimento dos
materiais. Deixa saudades da refinada combinação de tons e do tecido
aveludado dos modelos até 2002. Até a pintura em preto brilhante das
colunas centrais e retrovisores foi descartada na versão GL, que agora
tem os itens em preto fosco.
O motor 1,6-litro, que responde por 85% das vendas atuais do Focus,
permanece disponível em dois acabamentos para o hatch (GL e GLX) e
apenas no GLX para o sedã. E, boa notícia, sem alteração de preços. Já
modelos 2008, o GL parte de R$ 43.490, o GLX hatch de R$ 46.950 e o sedã
de R$ 48.720, com dotação de equipamentos de série notável diante desses
valores.
Ar-condicionado, direção assistida, volante com ajuste de altura e
profundidade, conta-giros, iluminação no porta-luvas e no porta-malas,
limpador/lavador do vidro traseiro (hatch), preparação para áudio com
quatro alto-falantes, espelhos de cortesia nos pára-sóis, banco traseiro
bipartido, terceira luz de freio, luz de neblina traseira e imobilizador
de motor são de série em todos. O único opcional no GL é o controle
elétrico dos vidros dianteiros e travas.
O GLX adiciona controle elétrico de travas, retrovisores e dos quatro
vidros (com função um-toque e
sensor antiesmagamento), ajuste de
altura do banco do motorista, abertura elétrica do porta-malas,
rádio/toca-CDs (sem função MP3, porém),
iluminação nos espelhos de cortesia, pneus 195/60-15 em vez de 185/70-14
(com rodas de aço) e pára-brisa degradê, entre outros. O sedã vem ainda
com cinto de três pontos para o passageiro central atrás. Os opcionais
são bolsas infláveis frontais, rodas de alumínio, alarme e controle
remoto do travamento das portas, que abre e fecha vidros a distância. A
grafia dos instrumentos agora é a mesma das versões de 2,0 litros.
Já em idade avançada — quase sete anos por aqui e nove desde a
apresentação na Europa, onde já existe a
segunda geração —, o Focus não mais impressiona pela modernidade,
mas continua uma grande opção. É possível comprar um hatch GLX
bem-equipado ao preço das versões básicas de concorrentes como Stilo,
Golf e 307. O GL chega a custar menos que alguns carros pequenos com
equipamentos semelhantes. E, para quem gosta de refinamento técnico, é
prazeroso rodar no único automóvel "nacional" (rótulo que se pode
estender a um argentino) com suspensão traseira multibraço. |