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Pouco mais de R$ 2.000 separam o ELX 1,4 (na foto), de desempenho insatisfatório, do HLX 1,8, que ainda traz itens adicionais: fácil decidir

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Pouco modificado como o do Adventure, o interior do HLX pode vir com bancos suplementares na traseira, onde a acomodação é bem modesta

Permanecem a boa alavanca de câmbio no painel, a ótima visibilidade (com ajuda dos enormes retrovisores externos) e, sobretudo, o excepcional espaço interno que o faz quase rivalizar com a Kombi, mas sem os problemas jurássicos do modelo da VW. O compartimento de bagagem leva 750 litros no básico, que passam a 3.000 com o banco traseiro rebatido, e 665 a 2.915 litros nas versões que têm sexto lugar (o estepe externo do Adventure não faz diferença, pois nos demais o pneu vem por baixo da carroceria). No Cargo são 3.200 litros. No todo, ficou um veículo mais refinado e evoluído.

Pouco motor   Como que substituindo a versão de 1,25 litro, 16 válvulas e potência de 80 cv, que saiu de produção há algum tempo, a Fiat adicionou à linha a opção de 1,4 litro, oito válvulas, 85/86 cv e 12,4/12,5 m.kgf (gasolina e álcool, na ordem). Se num Palio ele se mostra ágil e numa Weekend ou num Strada ainda dá conta do recado, para o Doblò esse motor está muito desprovido de potência até para uso familiar, o que deixa as conhecidas versões com o 1,8 da General Motors como as únicas interessantes — a não ser que seu caso seja entregar roupas, flores ou isopor no Cargo, que é o mais leve da linha. No ELX são 1.300 kg, apenas 30 kg a menos que no HLX 1,8: peso demais para tão pouco motor.

Anos atrás pudemos dirigir a versão a diesel com injeção de duto único, vendida nos mercados latinos que não o Brasil, e achamos ideal para os 1.450 kg do veículo. O diesel tem mais de 36 m.kgf de torque e se move com energia suficiente para ser até emocionante, mas a legislação brasileira não o permite em sua faixa de capacidade de carga. Assim, ficamos com um Doblò 1,8 razoável, de 112/114 cv e 17,8/18,5 m.kgf, que com um pouco de antecipação pode ser usado sem maiores problemas.

Para surpresa de muitos, é um carro até bom de curvas — nada de utilitário balançante —, tem rodar confortável, faz pouco ruído interno, freia bem e se comporta como um automóvel na maioria das situações. Serve bem para táxi com seu enorme espaço interno e acesso ágil pelas portas deslizantes, que também facilitam a vida dos papais e mamães ao colocar crianças na cadeira apropriada, sobretudo em garagens e vagas cada dia mais apertadas. A posição do motorista é elevada, mas não é um utilitário esporte; os comandos estão bem à mão, os pedais são bem separados e tudo tem acionamento macio e acessível a pessoas de menor potência física. Como sempre, existem muitos lugares para guardar coisas, desde o teto até o console. Nos dois lugares suplementares o conforto é mínimo, porém.

A melhor versão é sem dúvida a HLX 1,8, pois os pneus 175/70 R 14 não têm um arrasto tão forte como os enormes 205/70 R 15 do Adventure Locker e permitem um pouco mais de agilidade — contribuem para isso os surpreendentes 125 kg a menos do HLX em comparação ao "aventureiro". Não poderia dar em outra: o Locker anda menos pelos dados de fábrica, como ao precisar de mais um segundo para acelerar de 0 a 100 km/h, e tem maior consumo. Até sua capacidade de carga é menor, 490 ante 545 kg do HLX, e o diâmetro de giro aumenta de 10,5 para 11,2 m por conta dos pneus muito largos. Vantagem mesmo, só para quem precisa do vão livre bem maior (passa de 161 para 223 mm), da melhor tração dos pneus de uso misto fora do asfalto ou do bloqueio de diferencial, que ajuda a sair de terrenos um pouco mais difíceis. Se o objetivo é usá-lo como automóvel, deixe o modismo de lado e fique com o HLX.

Mais agradável por fora e por dentro, mesmo que a extensão das mudanças não seja grande, o Doblò deve continuar a liderar com folga — hoje mais de 90% — seu nicho de mercado, onde sobrevivem os concorrentes de origem francesa Renault Kangoo, para carga ou passageiros, e Peugeot Partner, apenas para carga, já que o similar Citroën Berlingo deixou o mercado.

Ficha técnica
    ELX 1,4 HLX 1,8 Adventure Locker 1,8
MOTOR
Posição e cilindros transversal, 4 em linha
Comando e válv. por cilindro no cabeçote, 2
Diâmetro e curso 72 x 84 mm 80,5 x 88,2 mm
Cilindrada 1.368 cm3 1.796 cm3
Taxa de compressão 10,35:1 10,5:1
Potência máxima (gas.) 85 cv a 5.750 rpm 112 cv a 5.500 rpm
Potência máxima (álc.) 86 cv a 5.750 rpm 114 cv a 5.500 rpm
Torque máximo (gas.) 12,4 m.kgf a 3.500 rpm 17,8 m.kgf a 2.800 rpm
Torque máximo (álc.) 12,5 m.kgf a 3.500 rpm 18,5 m.kgf a 2.800 rpm
Alimentação injeção multiponto seqüencial
CÂMBIO
Tipo, marchas e tração manual, 5 / dianteira
FREIOS
Dianteiros e traseiros a disco ventilado / a tambor
Antitravamento (ABS) sim (opcional)
DIREÇÃO
Assistência hidráulica
Diâmetro de giro 10,5 m 11,2 m
SUSPENSÃO
Dianteira independente, McPherson, estabilizador
Traseira eixo rígido, estabilizador
RODAS
Rodas 5,5 x 14 pol 5,5 x 15 pol
Pneus 175/70 R 14 205/70 R 15
DIMENSÕES
Comprimento 4,252 m 4,478 m
Largura 1,722 m 1,768 m
Altura 1,858 m 1,935 m 1,957 m
Entre-eixos 2,566 m 2,583 m
Capacidade do tanque 60 l
Porta-malas 665 l
Peso 1.300 kg 1.330 kg 1.455 kg
Desempenho e consumo
  ELX 1,4 HLX 1,8 Adventure Locker 1,8
  gas. álc. gas. álc. gas. álc.
Velocidade máxima 150 km/h 151 km/h 165 km/h 167 km/h 161 km/h 163 km/h
Aceleração de 0 a 100 km/h 15,7 s 15,5 s 12,9 s 12,7 s 14,1 s 13,7 s
Consumo em cidade 12,2 km/l 7,8 km/l 10,8 km/l 7,6 km/l 10,5 km/l 7,4 km/l
Consumo em estrada 14,4 km/l 9,4 km/l 14,5 km/l 10,1 km/l 14,2 km/l 10,0 km/l
Dados do fabricante

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