O sistema de áudio opcional
impressiona pela qualidade e os graves, com amplificador no porta-malas
e falante de subgraves sob o banco

Agradável, o teto solar (que
corre por fora para não prejudicar o espaço) precisa ter o forro
revisto: trama da tela deixa passar sol em excesso |
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O motor nacional e flexível traz
agilidade ao Cult em baixa rotação; seu funcionamento suave não faz
parecer que é a unidade áspera do Uno |
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Em rodovia, o Cult gira bastante a 120 km/h em quinta
marcha (4.000 rpm) e o motor produz um moderado e agradável ronco de
aspiração, fiel às tradições italianas. Com bom trabalho de
isolamento de ruídos e vibrações, o Fire Evo — tão áspero no Uno — chega a parecer outro, suave e silencioso. Em
que pese o consumo moderado (não informado pela fábrica), o 500 poderia é ter um tanque de
combustível maior, pois 40 litros são muito pouco para quem usa álcool.
O motorista dispõe ainda de um comando de câmbio leve e preciso, embora
não se justifique o anel-trava para engate da marcha à ré (ela fica na
posição de uma sexta e há bloqueio interno na caixa contra aplicação
involuntária), e de uma excelente assistência de direção que a deixa
levíssima em baixa velocidade e com peso correto em alta. O comando
Sport no painel — por mais estranha que seja tal denominação em um carro
de potência tão modesta — reduz a assistência para um volante mais
firme, além de deixar mais rápida a resposta do
acelerador com controle eletrônico.
Ao contrário do 500 Sport, o Cult mostra uma calibração de suspensão
adequada a nossos pisos de má qualidade. Molas e amortecedores são
relativamente macios e os pneus 185/55 R 15 têm perfil moderado, não
baixo demais, mas poderia melhorar a absorção de impactos (pode haver
relação com a escolha do Pirelli P7, bem conhecido pela rigidez e
aspereza). Seu comportamento dinâmico transmite segurança, com
subesterço moderado, e a presença do
controle eletrônico de estabilidade é sempre uma tranquilidade, por mais
que o carro pareça nunca precisar dele.
Os freios são sofisticados para um carro de sua potência — usam discos
na traseira e trazem os já citados auxílios eletrônicos — e, para
facilitar a saída em subidas ou de ré em descidas, são mantidos
acionados por instantes enquanto se libera o pedal e se aciona o
acelerador. Ainda em segurança, há fixações para cadeira infantil no
banco traseiro pelo sistema Isofix.
A expressiva redução de preço em relação ao antigo modelo polonês tirou,
é verdade, o caráter de exclusividade do Fiat 500: foi-se o tempo em que
não havia o risco de encontrar outro a seu lado no semáforo ou no
estacionamento. Por outro lado, pelo valor a que o Cult é oferecido, seu
interessante conjunto de qualidades — em especial a dotação de segurança
— faz dele uma opção a ser considerada por quem procura um carro
compacto e charmoso e não precisa de grande espaço para passageiros e
bagagem.
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MOTOR
- transversal, 4 cilindros em linha; comando no cabeçote,
2 válvulas por cilindro. Diâmetro e curso: 72 x 84 mm.
Cilindrada: 1.368 cm3. Taxa de compressão: 12,35:1. Injeção
multiponto sequencial. Potência máxima: 85 cv (gas.) e 88 cv (álc.) a
5.750 rpm. Torque máximo:
12,4
m.kgf (gas.) e 12,5 m.kgf (álc.) a 3.500 rpm. |
CÂMBIO
- manual, 5 marchas; tração dianteira. |
FREIOS
- dianteiros a disco ventilado; traseiros a disco; antitravamento
(ABS). |
DIREÇÃO
- de pinhão e cremalheira; assistência elétrica. |
SUSPENSÃO
- dianteira, independente McPherson; traseira, eixo de torção. |
RODAS
- 6 x 15 pol; pneus, 185/55 R 15. |
DIMENSÕES
- comprimento, 3,564 m; largura, 1,627 m; altura, 1,502 m;
entre-eixos, 2,30 m; capacidade do tanque, 40 l; porta-malas, 185
l; com banco rebatido, 550 l; peso, 1.061 kg. |
DESEMPENHO - velocidade
máxima, 170 km/h (gas.) e 172 km/h (álc.); aceleração
de 0 a 100 km/h, 12,2 s (gas.) e 11,8 s (álc.). |
Dados do fabricante; consumo
não disponível |
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