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O 500 no autódromo paulistano: agilidade com os 100 cv e baixo peso, bom aproveitamento do motor com seis marchas, estabilidade exemplar

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O conjunto mecânico é convencional, caso das suspensões, e o motor 1,4 de 16 válvulas foi a base para o turbo de nossos Punto e Linea TJet

 
Ficha técnica
MOTOR - transversal, 4 cilindros em linha; duplo comando no cabeçote, 4 válvulas por cilindro. Diâmetro e curso: 72 x 84 mm. Cilindrada: 1.368 cm3. Taxa de compressão: 10,8:1. Injeção multiponto sequencial. Potência máxima: 100 cv a 6.000 rpm. Torque máximo: 13,4 m.kgf a 4.250 rpm.
CÂMBIO - manual, 6 marchas; tração dianteira.
FREIOS - dianteiros a disco ventilado; traseiros a disco; antitravamento (ABS).
DIREÇÃO - de pinhão e cremalheira; assistência elétrica.
SUSPENSÃO - dianteira, independente McPherson; traseira, eixo de torção.
RODAS - 16 pol; pneus, 195/45 R 16.
DIMENSÕES - comprimento, 3,546 m; largura, 1,627 m; altura, 1,488 m; entreeixos, 2,3 m; capacidade do tanque, 35 l; porta-malas, 185 l; peso, 930 kg.
DESEMPENHO - velocidade máxima, 182 km/h; aceleração de 0 a 100 km/h, 10,5 s.
CONSUMO - em cidade, 12,2 km/l; em estrada, 19,2 km/l (padrões e combustível europeus).
Dados do fabricante

Internamente, mais charme. O painel vem com uma faixa na cor do carro, com a alavanca de câmbio "espetada" nele. Os comandos são práticos e fáceis de usar. O quadro de instrumentos com velocímetro e conta-giros sobrepostos causa, no primeiro contato, a desconfiança de ser difícil ler as informações, mas isso logo passa na condução do carro. No centro está o mostrador do computador de bordo. Chama a atenção a posição elevada de dirigir, coerente com o carro e com toda a arquitetura interna. O motorista se senta alto, mas o painel é alto, a alavanca de câmbio também e por isso não incomoda. O banco tem um bom curso de regulagem em distância e há ajustes de altura e distância do volante. Os retrovisores externos, iguais aos do Punto, são excelentes.

O espaço nos bancos dianteiros é muito bom, o mesmo não se podendo dizer do traseiro, não poderia ser diferente em um carro com dimensões tão diminutas. Fazendo um paralelo com seus concorrentes, o New Beetle tem dimensões externas bem maiores e o Mini é de porte similar, e ambos têm um parco espaço traseiro. Da mesma forma, o porta-malas do 500 leva apenas 185 litros e até o tanque de combustível é diminuto, 35 litros.

O exemplar apresentado pela Fiat estava muito bem-equipado: bancos, volante e pomo de câmbio revestidos em couro; bolsas infláveis frontais, laterais e cortinas, além de uma para os joelhos do motorista; sensor de estacionamento traseiro, rodas de 16 pol, computador de bordo. A Fiat diz que será mantido o motor Fire de 1,4 litro e 16 válvulas (o mesmo de Punto/Linea TJet, mas sem o turbocompressor), com potência de 100 cv e torque de 13,4 m.kgf, mas os equipamentos podem variar.

Ao volante   Nossa breve avaliação consistiu em poucas voltas pelo autódromo José Carlos Pace, no bairro de Interlagos, em São Paulo, SP. Avaliar um automóvel de rua em autódromo não é ideal, mas serviu para um primeiro contato — e muito agradável, já que o carrinho é realmente gostoso de dirigir. O compacto motor desenvolve velocidade facilmente, sem aparentar esforço, e se mostra bem dimensionado para o peso (930 kg) do carro, um tanto modesto para os dias de hoje. Seu desempenho é muito bom e condizente com a proposta, como a aceleração de 0 a 100 km/h informada de 10,5 segundos. As seis marchas permitiram, de um lado, reduzir o intervalo entre as relações, o que produz menor queda de giro nas trocas, e de outro baixar a rotação em viagem. A 120 km/h em sexta o motor está a pouco mais de 3.000 rpm, regime baixo para um motor de 1,4 litro.

Mesmo que o caráter do carro não seja esportivo, há um modo de condução (acionado pela tecla Sport) que deixa mais rápidas as respostas do acelerador, de controle eletrônico, e reduz a assistência elétrica da direção para que fique mais firme. A estabilidade, aliás, mostrou-se exemplar. Nas curvas do autódromo, quando tomadas com mais vigor, o carro revelou comportamento neutro e menos tendência de desgarrar a frente do que seria de se esperar. Além do acerto — que talvez seja revisto para as condições nacionais —, ajudaram as rodas de 16 pol com pneus 195/45. Fica em espera a análise do comportamento em nossas ruas esburacadas, já que o perfil dos pneus é bem mais baixo que o usual por aqui,

O ponto do alto do 500, sem desmerecer o motor ou o comportamento dinâmico, é o câmbio. A caixa manual de seis marchas tem engates muito suaves e precisos, com curso curto. Somados à excelente posição da alavanca, próxima ao volante, contribuem decisivamente para o prazer na condução que o carro transmite. A Fiat não informa sobre a possibilidade de o carro vir equipado com o câmbio automatizado Dualogic oferecido na Europa, mas a caixa manual denota enorme evolução em relação à dos Fiat fabricados no Brasil, que já melhoraram muito.

A Fiat conseguiu com este rápido passeio de 500 nos deixar com um gostinho de quero mais. Resta esperar o carro ser lançado oficialmente para descobrirmos mais qualidades que ele certamente guarda dentro de sua pequena e simpática carroceria.

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