




Na limitada avaliação em
autódromo, o Si cativou pelo motor potente e suave e o comportamento
adequado a um esportivo, que não causa surpresas ao motorista
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De resto, as rodas de 17 usam pneus 215/45 R 17 V (em vez de 205/55 R 16
V), Michelin Pilot Preceda por especificação, com laterais reforçadas
para maior robustez no padrão viário brasileiro. Digno de nota é o
estepe sem economias, com roda e pneu iguais aos outros. Os freios dianteiros
passam de 260 para 300 mm de diâmetro e há os controles de estabilidade e
tração, que podem ser desativados por botão no painel.
Na pista
A Honda escolheu para o
lançamento à imprensa um cenário charmoso, mas não ideal para um carro
de rua: o autódromo José Carlos Pace, no bairro paulistano de
Interlagos. Nossa avaliação resumiu-se a duas voltas no
circuito, seguida de demonstração do potencial do Si por um piloto
profissional. Um tira-gosto apenas, a ser complementado pela futura
avaliação em condições mais usuais.
O que se pôde notar em tão pouco tempo? Primeiro, o motor feito para
entusiasmar. Isento de vibrações, sobe de giros com rapidez e ganha
fôlego adicional de forma bem perceptível a 6.000 rpm, momento em que o
i-VTEC aciona o modo "bravo". Sem ser fraco em baixa rotação,
é a partir de 3.000 rpm que ele entrega potência de sobra. Os sons de
aspiração e escapamento, bem audíveis, não incomodam e se percebe que é
possível viajar em ritmo elevado sem cansaço auditivo.
O comportamento dinâmico é perfeito, com saída de frente discreta e uma
traseira que pode ser provocada, tirando-se o pé do acelerador nas
entradas de curva, sem causar surpresas. Fica por ser avaliado o
conforto de rodagem. Os freios estão à altura, só que o ABS entra em
ação um pouco cedo demais em frenagens intensas. Por outro lado, o
controle de estabilidade deixa o motorista se divertir um
pouco antes de atuar. O excelente comando de câmbio do Civic é
mantido e os apoios laterais pronunciados dos bancos retêm o corpo muito
bem em curvas rápidas (ocupantes mais corpulentos, porém, podem achá-los
muito justos).
Tudo isso vem embalado em um pacote atraente. Belas rodas, grade
dianteira na cor da carroceria e aerofólio traseiro compõem
o visual, enquanto o interior recebe os bancos exclusivos (com revestimento em tecido
preto e a sigla Si bordada no encosto), pedais
de alumínio, volante forrado de couro (o mesmo
dos demais Civics, que no Brasil já usam o que lá fora pertence ao Si) e
instrumentos com iluminação em vermelho no lugar de azul. Uma luz de
aviso ao lado do velocímetro começa a piscar a 7.400 rpm e se acende a
8.000 rpm, para indicar o momento de trocar de marcha.
Que o Si fará muito bem à imagem do Civic, não resta dúvida. Será uma
forte ferramenta para movimentar os saguões das concessionárias
Honda... como se a marca precisasse. |