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De cara nova, mas não muito

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A Citroën muda timidamente a estética do C3, mexe na
suspensão e passa a oferecer câmbio automático

Texto: Gino Brasil - Fotos: divulgação

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O pára-choque dianteiro de aspecto robusto destoa um pouco das linhas suaves do C3 nas versões GLX (acima) e Exclusive (no alto)

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O XTR, com ar aventureiro, ganha ainda simulação de quebra-mato e de proteção em alumínio na traseira e na saia lateral, com bom aspecto

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O logotipo XTR vem nos encostos de cabeça; esta versão e a Exclusive trazem faróis, limpador de pára-brisa e ar-condicionado automáticos

Produzido desde 2003 em Porto Real, RJ, em conjunto com a Xsara Picasso e com o Peugeot 206, o Citroën C3 passa agora por suas primeiras mudanças de estilo. Os retoques, que não chegam a ser uma reestilização, não mudaram muito a aparência do carro, mas também foi alterada — e para melhor — a suspensão.

Na parte estética, as versões GLX e Exclusive para 2009 recebem novo pára-choque com entradas de ar diferenciadas e grade maior com três hastes, que não recebe mais a pintura na cor do veículo — é sempre preta e emoldurada por um friso cromado. Na parte lateral essas versões não mudaram, salvo pelo desenho das rodas e calotas, mas a traseira recebeu um defletor de teto. Segundo a Citroën, as mudanças foram desenvolvidas no  Brasil pelas equipes do Mercosul, em conjunto com a equipe de  estilo  da  Citroën  em  Vélizy e  sob  o  "olhar  atento" de  Mark Lloyd, chefe de estilo da marca e responsável pelo projeto.

O novo pára-choque tem desenho robusto que não acompanha bem as linhas do carro, suaves e elegantes. Mesmo necessitando de mudanças, é possível afirmar que a versão anterior era mais harmônica. No interior é novo apenas o tecido dos bancos, que mantém bom padrão desde as versões de entrada.

O XTR recebeu mais mudanças estéticas que os demais. Traz a mesma grade, mas o pára-choque recebe na parte inferior um aplique que imita um quebra-mato e faróis de neblina com moldura cromada. A lateral tem um saia em tom prata, com a sigla da versão, e a traseira ganha um aplique no pára-choque que imita a chapa de alumínio vista em alguns carros fora-de-estrada. Por dentro as mudanças no XTR também se restringem aos tecidos, que incluem o logo da versão nos encostos de cabeça.

As alterações estéticas ficaram melhor neste caso, justamente por conta da robustez que o novo desenho trouxe ao carro. Como essa versão tem apelo aventureiro — apenas na aparência, fique claro —, os retoques ficam mais condizentes com a proposta. Há ainda mudanças em equipamentos. Houve a adição de controle automático para temperatura do ar-condicionado, acionamento de faróis e do limpador de pára-brisa. São itens de série nas versões Exclusive e XTR de 1,6 litro.

A principal novidade não pode ser vista, mas sim percebida. A suspensão foi recalibrada, adotando-se novas molas e amortecedores que compõem um excelente conjunto, melhorando muito a dinâmica do carro. O C3 ganhou em conforto de rodagem, sem deixar de se destacar em estabilidade. Entra-se em curvas com vigor com absoluta confiança. E isso, somado aos bons motores que equipam esse carro, torna o conjunto bem interessante. Tanto o 1,4-litro de oito válvulas, com potência de 80/82 cv, quanto o 1,6 de 16 válvulas e 110/113 cv (gasolina e álcool, na ordem) respondem bem aos comandos do motorista, com suavidade de funcionamento e potência condizente com sua proposta.

Os preços do C3 se mantiveram os da versão anterior. Assim, o C3 GLX 1,4 começa em R$ 40 mil, o Exclusive passa a R$ 42.490 e o XTR vai a 44.290 com o mesmo motor. Com o 1,6, começa em R$ 43.490 na versão GLX, passa a R$ 46 mil na Exclusive e a R$ 49 mil na XTR. São preços que o colocam como um carro compacto de faixa superior, o que vai ficar ainda mais evidente quando chegar a versão 1,6 com caixa automática de quatro marchas dotada de opção de mudanças manuais, a mesma do 207. A novidade já foi mostrada, mas estará disponível ao consumidor e para avaliação apenas em setembro.

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A suspensão recalibrada deixou o rodar do C3 mais macio, sem prejuízo da estabilidade, que continua um de seus pontos positivos

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Data de publicação: 9/8/08

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