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Embora não seja a finalidade
de uso, ele se sai bem no fora-de-estrada leve; o diferencial traseiro
reparte a potência entre esquerda e direita |
Todo
esse aparato técnico instiga a curiosidade em saber como o carro se
comporta nas mais variadas situações. E a BMW não foi econômica desta
vez: colocou o carro para uso no fora-de-estrada e também em rodovias.
Na primeira condição o X6 se saiu bem, com travessia suave e bem
controlável dos obstáculos do trajeto de avaliação. No asfalto, mesmo
com o motor menor, apresenta desempenho digno da marca: sobe de
velocidade rápido e com segurança e possui grande capacidade de frenagem
e de contorno de curvas.
Na faixa da 160 km/h, o comportamento é
irrepreensível e mal se percebe a velocidade. Acima de 200 km/h surge
certa instabilidade direcional. Nada que transmita insegurança, mas
decepciona um pouco quem espera o comportamento habitual da marca. O
fato pode ser creditado à grande altura livre do solo e à firmeza da
suspensão, que copia muito as imperfeições do piso — de asfalto novo,
mas com ligeiras ondulações. Chamou atenção também a suscetibilidade a
ventos laterais.
Essas reações fazem concluir que, embora guarde a alma inerente a um
BMW, em que a esportividade e o prazer na condução estão em primeiro
plano, o X6 ainda tem fortes características de um utilitário esporte,
mantendo-se um tanto distante de um automóvel. Nada que o desabone, mas
não deixa de ser um contra-senso: é um veículo com peso e aerodinâmica
de um utilitário, mas sem a capacidade e as características de
carroceria mais convenientes de um X5. Uma perua Série 5 consegue ser
melhor em todos esses aspectos.
No mais, o X6 é apaixonante. Acabamento de primeira linha,
ronco do motor típico da marca e qualidade de construção são atributos
que fazem qualquer entusiasta, pela marca ou não, olhar o carro de
maneira especial. E não faltam itens de conforto e segurança:
câmeras de auxílio a manobras nas laterais e na traseira, faróis
bi-xenônio com
facho autodirecional, sistemas de áudio
sofisticado e de DVD para o banco de trás, teto envidraçado (opcional),
ar-condicionado com duas ou quatro zonas de ajuste de temperatura,
direção ativa (varia a relação conforme a velocidade e situação de uso),
encostos de cabeça ativos na frente e
seis bolsas infláveis (frontais, laterais e cortinas).
Cem abonados brasileiros já se deixaram seduzir por tais qualidades,
pois todas as unidades que a BMW havia programado trazer este ano já
estão vendidas. O preço parte de R$ 325 mil no xDrive 35i e R$ 390 mil no 50i
— não disponível para avaliação, uma pena. Há possibilidade de um novo
lote, mas segundo a BMW a linha de produção não tem conseguido atender
a demanda mundial. |
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