As linhas do sedã ganharam
vincos para um ar mais robusto, mas fica a sensação de recuperarem o
jeito sóbrio que caracterizava o Série 5
Se a versão 550i oferece mais em
conforto e desempenho, o fato é que o comprador do 535i estará muito bem
servido em ambos os aspectos |
Abandonadas as linhas cubistas que criaram polêmica no
modelo anterior, lançado em
2003, a sexta geração do Série 5 chega para reconectar esses grandes BMW
a suas origens. Quais? Serem carros sóbrios, sérios, mas que sob tal
aparência guardam um marcante caráter esportivo que os diferencia da
concorrência. Em síntese, se o grande
Série 7 é o veículo de
representação máxima fabricado pela marca de Munique, os de "tamanho
XL", o Série 5 é o de tamanho "L".
O Série 5 representa uma saga de 37 anos e chegou às ruas em volume
superior a 5,5 milhões de unidades. No Brasil a linha tem uma história
de sucesso, chegando a representar 23% das vendas da marca no país no
ano em que foi lançada a quarta geração, denominada E39, em 1996. Agora
a BMW brasileira oferece quatro versões de seu prestigiado automóvel,
duas com a tradicional carroceria sedã e duas do inédito hatch de cinco
portas, chamado de Gran Turismo ou GT. Os preços sugeridos são de R$ 288
mil para o sedã 535i e R$ 395 mil para o 550i. Quanto ao hatch, pelo
535i GT são cobrados R$ 305.400 e pelo 535i GT Top, de mesmo motor, R$
339.400.
O modelo de entrada 535i já é, como se poderia esperar de um BMW de alta
gama, extremamente bem equipado. O conteúdo de série inclui seis bolsas
infláveis (frontais, laterais e cortinas),
controle de estabilidade, faróis
bi-xenônio, rodas de 18 pol, teto solar com controle elétrico,
câmera traseira para orientar manobras, ajuste elétrico dos bancos
dianteiros com memória no do motorista, acabamento em madeira,
ar-condicionado automático, controlador de
velocidade ativo com atuação nos freios e sistema de áudio com
interface Bluetooth. São opcionais
assistente de estacionamento (manobra o volante por si mesmo, cabendo ao
motorista apenas acelerar e frear), navegador, sistema de entretenimento
com DVD para o banco traseiro e telas de proteção solar com comando
elétrico na do vidro de trás.
Sua motorização é um seis-cilindros em linha de 2.979 cm³ com um
turbocompressor de turbina única e duas
saídas (twin scroll), que garante potência de 306 cv a 5.800 rpm e
torque máximo de 40,8 m.kgf que se mantém de 1.200 até 5.000 rpm. Esse
motor vem substituindo na linha BMW o de dois turbos e mesma potência já
usado em vários modelos. Usa injeção direta
de gasolina, como o do 550i, e traz o sistema Valvetronic, em que o
levantamento das válvulas de admissão controla a quantidade de mistura
ar-combustível que entra nos cilindros, o que dispensa a borboleta de
aceleração e aumenta a eficiência.
O 550i acrescenta os itens que no 535i são opcionais e ainda controlador
de velocidade mais evoluído (chega a parar o carro e recomeçar a marcha,
como no uso urbano), ar-condicionado com quatro zonas, rodas de 19 pol,
monitor de TV no painel (mesma tela do navegador), comandos no volante
para trocas manuais de marcha e controle eletrônico de amortecimento e
de direção (dotada de relação variável conforme a situação de uso). A
versão é dotada de um motor V8 de 4.395 cm³ com dois turbos, 407 cv
entre 5.500 e 6.400 rpm e 61,2 m.kgf que perduram de 1.750 até 4.500
rpm.
Em ambos os 535i GT a motorização é o seis-cilindros igual ao que equipa
o sedã. Os equipamentos variam pouco: ele adiciona teto solar
panorâmico, volante com ajuste elétrico e memória, telas de proteção
solar, controle eletrônico de amortecimento e de direção e bolsas
infláveis laterais traseiras. Sua versão Top acrescenta a esse conteúdo
navegador com TV, DVD para o banco traseiro, abertura e fechamento
elétricos da quinta porta e rodas de 19 pol. Em qualquer versão os pneus
são do tipo run-flat, capazes de rodar mesmo furados por certa
distância.
Quanto ao câmbio, a caixa automática (de série para todo Série 5 no
Brasil) passa a ter oito marchas, tendência atual nas marcas de luxo. O
objetivo é, por um lado, obter uma última marcha ainda mais longa para
reduzir a rotação em uso rodoviário — menor rotação leva a maior
abertura de acelerador e diminui o consumo —, e por outro, deixar as
relações de marcha mais próximas entre si, para menor trabalho do
conversor de torque da caixa nas mudanças, o que também a torna mais
eficiente. Outra novidade em favor da economia e das menores emissões é
a assistência elétrica de direção, inédita nesse BMW.
Continua |