


As máscaras negras nos faróis
identificam o Jetta mais potente; as rodas de 17 pol já eram opcionais
antes


O interior é sofisticado e os 20
cv a mais o deixaram mais alegre em alta rotação, sem prejuízo em baixa |
Mais vigor
O Jetta é o representante no Brasil da plataforma do Golf V, já que o
hatch de nova geração ainda não tem previsão de chegar aqui. É o
sucessor natural do Bora, mas não o sucedeu em nosso mercado e sim
complementou a gama de veículos do fabricante alemão. Em seu lançamento,
há pouco mais de um ano, era equipado com motor de cinco cilindros, 2,5
litros e 20 válvulas, com potência de 150 cv e torque de 23,2 m.kgf. Era
pouca potência pela cilindrada, apenas 60,5 cv/l.
Os números causaram a desconfiança de que o motor estivesse, por
qualquer motivo, "amordaçado" em potência. Tanto que concorrentes de 1,8
e 2,0 litros, como Civic, Corolla, Peugeot 307 e Citroën C4 Pallas,
atingiam potência próxima à do 2,5 do Jetta, mesmo com torque bem menor.
Alguma coisa de errado havia com o motor alemão.
Embora com risco de desagradar os que compraram o carro em seu primeiro
ano de mercado, a Volkswagen corrigiu o rumo: mediante alterações na
programação da central eletrônica e no coletor de admissão para otimizar
o fluxo de ar, aumentou a potência em 20 cv. O Jetta agora rende 170 cv
a 5.800 rpm, enquanto o torque quase não mudou: 23,3 m.kgf, que aparecem
500 rpm mais tarde, a 4.250 rpm.
Os 20 cv podem não parecer muita coisa, mas fizeram muito bem ao Jetta.
A disposição do carro em alta rotação melhorou bastante e o deixou ainda
mais prazeroso de dirigir. Apesar de o torque máximo surgir agora em
rotação mais elevada, a curva é bastante plana, de maneira que não houve
perda nas rotações mais baixas. Acoplado à mesma caixa de seis marchas
do Beetle, o motor produz um ronco empolgante e movimenta o carro com
facilidade e vigor. O motor e o câmbio se comunicam muito bem, de
maneira que as pretensões do motorista são prontamente respondidas.
Com exceção dos faróis com máscara negra, novidade que acompanha o
motor, o Jetta continua o mesmo. Tem acabamento excelente e grande
fartura de equipamentos, como computador de bordo, controlador de
velocidade, volante com comandos do computador e do rádio/CD/MP3,
ar-condicionado automático de duas zonas, bolsas infláveis frontais,
laterais e de cortina, freios ABS, controles de tração e de
estabilidade. Como opcionais há teto
solar, faróis com lâmpadas de xenônio
(tanto no facho baixo como no alto), lavador de faróis, revestimento
interno em couro com aquecimento dos bancos, cortina de proteção solar
traseira, assistente de estacionamento
traseiro e rodas de 17 pol.
Com preço sugerido de R$ 86.260, o Jetta agrega mais valor a seu pacote
de equipamentos e ao belo desenho para incomodar os concorrentes. Se
havia diversos motivos para cogitar essa opção, a VW acaba de inserir
mais um na lista. |