
O acesso é incômodo, mas os
passageiros desfrutam relativo conforto
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Equipamentos
de série e
opcionais |
Ajuste de altura dos
bancos mot./pas. |
S/S |
Ajuste de apoio
lombar mot./pas. |
S/S |
Ajuste do
volante em altura/profundidade |
S/S |
Ajuste elétrico dos
retrovisores |
S |
Alarme
antifurto/controle a distância |
S/S |
Aquecimento |
S |
Ar-condicionado/controle automático |
S/S |
Bancos/volante
revestidos em couro |
S/ND |
Bolsa inflável
mot./pas./laterais/cortinas |
S/S/S/S |
Câmbio automatizado |
S |
Comando
interno do porta-malas |
ND |
Computador de
bordo |
S |
Conta-giros |
S |
Controlador
automático de velocidade |
S |
Controle de
tração/estabilidade |
S/S |
Controle elétrico dos
vidros diant./tras. |
S/NA |
Controles de áudio no
volante |
S |
Direção
assistida |
S |
Faróis de
neblina |
S |
Freios
antitravamento (ABS) |
S |
Imobilizador
eletrônico |
S |
Limpador/lavador
do vidro traseiro |
NA |
Luz traseira
de neblina |
S |
Rádio com toca-CDs/MP3 |
S/S |
Relógio |
S |
Repetidores
laterais das luzes de direção |
S |
Rodas de alumínio |
S |
Terceira luz
de freio |
S |
Teto solar/comando elétrico |
S/S |
Travamento
central das portas |
S |
Vidros verdes |
S |
Convenções: S =
de série; O = opcional; ND = não disponível;
NA = não-aplicável |
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Sem
opcionais |
R$ 435.000 |
Como
avaliado |
R$ 443.291 |
Completo |
R$ 443.291 |
Veja os preços dos
opcionais no site
www.audi.com.br |
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Mas,
como bem lembrou Lothar na minuciosa explanação, "a RS6 era mais pesada:
você vai ver que o RS5 é mais esperto, apesar dos cavalos a menos".
Sim, vou ver. É tudo o que quero.
Noite na garagem, manhã ao sol
O monstro dorme na
garagem, eu me reviro na cama. Que tal aproveitar a insônia e rasgar as
avenidas quase desertas de São Paulo no melhor estilo Velozes e
Furiosos.? Que tal bater o recorde
nacional de multas, ser citado no noticiário da manhã e encerrar em
definitivo minha carreira? Pensamentos idiotas com ponta de verdade.
Desisto da cama, vou para a garagem e sento-me ao volante para ver se a
tentação passa... ou aumenta. E lá me sinto um alcoólatra segurando uma
garrafa de bebida tampada.
Lothar me vem à mente: começo a explorar os muitos botões, teclas,
alavancas do RS5. O volante forrado com Alcantara, uma espécie de
camurça sintética, cai justo nas mãos. Não tem a base achatada da RS6,
que não faz falta. O banco envolvente, como as conchas de competição,
oferece a posição que qualquer um quer. Lembro-me de ter lido alguém
reclamar da ausência de ajustes elétricos nos bancos — coisa que, num
carro esportivo, soa como afronta por causa do peso. Mas não faltaram
tais ajustes para o "abraço" que assento e encosto, em separado, dão com
seus apoios laterais.
Ergonomia perfeita, visual nem tanto: o painel de um Audi tão especial
mereceria um toque de distinção maior como, por exemplo, há no console,
em parte revestido por fibra de carbono. Em torno dos mostradores, dois
deles impressionantes pela graduação — o velocímetro vai a 320 km/h, e o
conta-giros, a 9.000 rpm com faixa vermelha a partir de 8.300 —, há
muitos filetes prateados, mais alumínio e cromado do que seria
preferível.
A grafia e a legibilidade dos instrumentos não merecem crítica. Todavia,
há de se treinar para saber usar 100% dos recursos da grande tela que
domina o centro do painel, na qual se podem ver navegador, os recursos
do sistema de áudio Bang & Olufsen, climatização, computador de bordo
(que não oferece consumo em km/l, mas sim em l/100 km), gráficos dos
sensores de estacionamento e
preferências variadas, que vão desde a iluminação externa até avisos
sonoros.
O comando desses muitos menus se dá por um botão abaixo dos difusores de
ar centrais, uma espécie de joystick, que tem como coadjuvantes uma
dúzia de botões que o circundam. No começo, achar o que você quer e, em
especial, conseguir fazer o que se quer não é exatamente fácil para não
iniciados. Reparo nos detalhes e encontro muitos, como esperaria de um
carro desse patamar de preço: três zonas de ajuste de ar-condicionado,
aquecimento nos bancos dianteiros, os três retrovisores com lente
fotocrômica, interface
Bluetooth para telefone celular.
Ergo o capô e vejo, imponentes, as tampas dos cabeçotes do V8 em um
vermelho alaranjado — como se ardessem à espera da gasolina de alta
octanagem para queimar —, ladeando a
cobertura da seção central em legítima fibra de carbono, onde leio FSI
em alusão à injeção direta. Filtros de
ar, radiadores, tudo parece fartamente dimensionado para alimentar e
refrescar esse 4,2-litros. Continua |