Se o desenho da Scénic não
esconde o peso da idade, ela continua agradando pelo interior espaçoso,
comportamento correto e o desempenho aceitável do motor 1,6 16V |
Câmbio automático e
minivan sempre foram uma combinação harmônica. Um tipo de carro mais
voltado ao transporte da família, seja no dia-a-dia ou nos passeios, tem
tudo a ver com a comodidade de não precisar trocar de marcha ou pisar na
embreagem. Mas demorou um bocado para que aparecesse a primeira opção a
combinar esses elementos — a Scénic
RXE 2,0 automática, em 2001.
Depois dela vieram a Zafira 2,0 e os hatches monovolumes automáticos
(Mercedes-Benz A 190 e Honda Fit, que não consideramos minivans;
saiba mais); em breve haverá a
mesma opção para a Xsara Picasso. Mas foi no final de 2003 que a Renault
deu novo passo importante no segmento, ao tornar a caixa automática de
quatro marchas disponível também para a versão Expression 1,6 de sua
minivan.
Como se espera, o conforto ficou bem mais acessível: essa Scénic custa
R$ 52,4 mil (não há opcionais), vantagem importante sobre a Privilège
2,0 com o mesmo câmbio, que começa em R$ 61 mil (existe ainda a
Privilège 1,6, a R$ 60 mil). Além do motor, de 110 contra 138 cv, mudam
na Expression o acabamento e os equipamentos de série — para baixo,
claro.
A versão intermediária da linha (sucessora da RT depois que a Renault
trocou as siglas por nomes) é simples por fora, com rodas de aço e
calotas e a ausência de faróis de neblina. Fora isso, só o dono — ou
seus convidados — identifica a versão: a plaqueta alusiva ao acabamento
fica no batente da porta dianteira direita. Já o interior não é
despojado: tem um revestimento correto e em tons não muito escuros,
ajuste elétrico dos faróis, luzes de leitura (dianteira e duas
traseiras), banco do motorista ajustável em altura e apoio lombar,
conta-giros, pára-brisa com faixa degradê, limpador de intervalo
ajustável, "mesinhas de avião", travamento automático das portas ao
rodar e até computador de bordo.
Continua |